NAS ENTRANHAS DA RAIVA
NAS ENTRANHAS DA RAIVA
Ah... Essa raiva que me queima... Que faz até murchar à “flor da pele”, este cheiro a ferro e fogo, sangue e lágrimas, dessa raiva que me vence, nada posso e nada faço senão viver intensamente essa "qualidade" (ou não) mas... inerente ao ser humano.
Não sei compreender em mim menos do que sou e eu não sei ser mais do que a soma dos meus sentimentos. Sou parte de um sem fim de batalhas perdidas ou ganhas “não interessa” mas... Batalhas, mas não compreendo em mim as regras e as normas do sentir e quero o direito a não sentir...
Parece-me inadvertido que queira o meu exterior desdenhar a complexidade do meu coração.
Eu não sei sentir em câmera lenta sou intenso. Ou sinto. Ou não. E, hoje, sinto em dizer que nem na raiva que preferi sentir te encontro mais. Fazes agora parte das coisas que remeto ao cuidado da minha efêmera letargia.
Hoje, quero apenas te dizer... Adeus, não sei sentir-te mais, nem na raiva !
(Orides Siqueira)