OS ROSÁRIAS
Sousa – Mendonça – Escobar
 
 
No dia 8 de Dezembro de 1770, na igreja paroquial de Nossa Senhora do Rosário, casaram Caetano Furtado de Sousa e Isabel Furtado.  O Caetano nascera em 1731, teria portanto os seus quarenta anos e ela, a Isabel, teria os seus 34. Já tinham dois filhos quando contraíram matrimónio, o António que nascera dois anos antes do casamento, em 1768, e o José que nascera em Maio do mesmo ano em que os pais se haviam de casar.
Este Caetano e a Isabel pertenceriam à roda das famílias mais influentes das Lajes uma vez que o filho mais velho , o António Furtado de Sousa foi tenente e casou em 30 de Março de 1788 com Maria Úrsula, filha do capitão João António Pimentel de Mendonça.
Este tenente António Furtado de Sousa só tinha 20 anos quando casou e a Úrsula 16. Tiveram dezassete filhos. O quarto dos quais, o José António de Mendonça Pimentel que traz  o nome do avô capitão, casou em 1812 com Bernarda Joaquina, filha do tenente Manuel Velho de Azevedo, do lugar da Caldeira do Mosteiro.
O José e a Bernarda, muito jovens (ele tinha apenas dezassete e ela dezasseis) tiveram também muitos filhos. O mais velho deles, o João, João António de Mendonça, casou em 1836 com Maria do Rosário, filha de Manuel Francisco Escobar, do Lajedo e deles nasceu meu bisavô, Manuel Francisco Escobar (o nome do avô materno) que casou em 1871 com Maria José Freitas.
Aquela Maria do Rosário, minha trisavó, deve ter sido uma mulher formidável, o filho dela, meu bisavô,  não só assumiu o nome de solteira dela, Escobar, mas a alcunha Manuel Rosária que se manteve na família por três gerações. Finalmente no dia 16 de Maio de 1897, o filho único de Manuel Rosária, José de Freitas Escobar, casou na igreja de Nossa Senhora dos Milagres, com minha avó Júlia Cândida Rodrigues.