Meu tempo

O peso da vida nos ombros, é o mesmo que rasga e cicatriza, é ele

que deixa a visão turva das formas e cores, que balança como cordas

ao vento o chão que outrora era firme. Ele não perdoa os erros,

transforma a voz dos valentes em agonizantes lamentos rangidos,

tão estridentes como as dobradiças das portas fechadas há tempos.

E por falar em tempos. E o tempo? Como vai?

- Ele vai em passos largos, levando saudades e amores, lembranças e

sonhos, só não leva esse peso.

Solon Carvalho
Enviado por Solon Carvalho em 05/06/2020
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