RECOLHIDO EM QUARENTENA
De repente eu descobri que minha verdadeira identidade, estava oculta no meu trabalho e que sua data de validade não estava determinada pelo tempo. E sim por minha convivência. No meu dia a dia, no contato com meus amigos. Inesperadamente eu a perdi. Fui surpreendido por um inimigo desconhecido que chegou com um poder gigantesco. Em silencio ele neutralizou todo o armamento bélico de defesa universal. Construído ao longo dos séculos pelos poderosos que disputam o poder, digladiando entre si, colocando sua inteligência acima daquele que a eles a concedeu, Deus o nosso criador. Esquecerem que tudo é obra de sua criação. E que todo o poder vem de sua vontade. Invisível e com uma capacidade de reprodução incrível, este inimigo dominou o mundo inteiro, desafiou a ciência dos homens os tornando inativos e colocando em cheque os poderosos. Sem opção perdemos a nossa liberdade, recolhidos em casa apegamos as lembranças do passado, muitos de nós se quer tínhamos tempo para refletir, agora o tempo se tornou ocioso. O melhor a fazer é voltar no tempo e reviver as difíceis fases da vida que se tornaram tão belas e saudáveis como um sonho. Diante da dor que nos assombra, causada por esta epidemia pimenta nos olhos se torna um refresco. Nem me lembro com que idade eu comecei a trabalhar. Na lida do campo, noites geladas, pés descalços, calça curta, blusinha de uma flanela rala. Marcando o tempo pelos instrumentos da natureza o sol, a lua, astros e estrelas, as sombras e o vento. A meia noite o galo cantava, hora de o sertanejo atrelar os bois ao engenho pra moer a cana, tanger os bois até o sol rair foi meu dever, serviço que sempre foi atribuído a criança. Logo vinha a estrela d’alva, o galo amiudava seu canto e a madrugada ia colorindo a franja do infinito acima da linha no horizonte, com aurora cor de maçã. Quando raiava o sol empurrando a cortina branca da neblina, o cheiro do melado apurando em rapaduras se espalhava pelas redondezas esbranquiçadas pela geada. Eu então poderia aquecer nas fornalhas crepitantes que durante a madrugada, eu só pude contemplar atrás dos bois andando em círculos continuamente.
OBS:(Imagem do Googlo)
De repente eu descobri que minha verdadeira identidade, estava oculta no meu trabalho e que sua data de validade não estava determinada pelo tempo. E sim por minha convivência. No meu dia a dia, no contato com meus amigos. Inesperadamente eu a perdi. Fui surpreendido por um inimigo desconhecido que chegou com um poder gigantesco. Em silencio ele neutralizou todo o armamento bélico de defesa universal. Construído ao longo dos séculos pelos poderosos que disputam o poder, digladiando entre si, colocando sua inteligência acima daquele que a eles a concedeu, Deus o nosso criador. Esquecerem que tudo é obra de sua criação. E que todo o poder vem de sua vontade. Invisível e com uma capacidade de reprodução incrível, este inimigo dominou o mundo inteiro, desafiou a ciência dos homens os tornando inativos e colocando em cheque os poderosos. Sem opção perdemos a nossa liberdade, recolhidos em casa apegamos as lembranças do passado, muitos de nós se quer tínhamos tempo para refletir, agora o tempo se tornou ocioso. O melhor a fazer é voltar no tempo e reviver as difíceis fases da vida que se tornaram tão belas e saudáveis como um sonho. Diante da dor que nos assombra, causada por esta epidemia pimenta nos olhos se torna um refresco. Nem me lembro com que idade eu comecei a trabalhar. Na lida do campo, noites geladas, pés descalços, calça curta, blusinha de uma flanela rala. Marcando o tempo pelos instrumentos da natureza o sol, a lua, astros e estrelas, as sombras e o vento. A meia noite o galo cantava, hora de o sertanejo atrelar os bois ao engenho pra moer a cana, tanger os bois até o sol rair foi meu dever, serviço que sempre foi atribuído a criança. Logo vinha a estrela d’alva, o galo amiudava seu canto e a madrugada ia colorindo a franja do infinito acima da linha no horizonte, com aurora cor de maçã. Quando raiava o sol empurrando a cortina branca da neblina, o cheiro do melado apurando em rapaduras se espalhava pelas redondezas esbranquiçadas pela geada. Eu então poderia aquecer nas fornalhas crepitantes que durante a madrugada, eu só pude contemplar atrás dos bois andando em círculos continuamente.
OBS:(Imagem do Googlo)