DELATOR(ES)
A Inconfidência Mineira, ocorrida nos últimos vinte anos do século XVIII, nos tem mostrado até hoje, que o coronel Joaquim Silvério dos Reis, ao denunciar seus colegas que igualmente a ele estavam envolvidos naquele movimento dos inconfidentes se tornou, ao que parece, um dos notáveis delatores da história.
Joaquim Silvério dos Reis pode também ser considerado apenas mais um simples traidor, assim como o procederam Judas Iscariotes, que dispensa comentários, e Domingos Fernandes Calabar, um senhor de engenho que em 1632 aliou-se aos holandeses que invadiram o Nordeste do Brasil.
Quanto ao alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, este tem sido considerado um inconfidente dotado de um patriotismo muito aguerrido ao ter assumido, sozinho, a responsabilidade pela organização e propagação do movimento. Contam que, na ocasião em que foi decretada sua condenação e a consequente morte por enforcamento, ele teria proferido esta frase, se referindo à importância da causa por ele defendida, a saber:
"Se dez vidas eu tivesse, dez vidas eu daria."
Se pudéssemos retroceder no tempo e tivéssemos a oportunidade de conversar um pouco, e a sós, com o coronel Joaquim Silvério dos Reis, o tão propalado traidor de seus companheiros, ele certamente nos diria que não teve a intenção de prejudicar seus companheiros, a quem ele muito os considerava e que o teria agido daquela maneira apenas e tão somente por necessidade de ter sua dívida perdoada pelo governador da Capitania de Minas Gerais, o Visconde de Barbacena, título nobiliárquico criado por D. Pedro, Príncipe Regente de D. Afonso VI de Portugal, por Carta de 19 de Dezembro de 1671, em favor de Afonso Furtado de Castro do Rio de Mendonça.
Hoje, em pleno início desse século XXI, sobretudo nesses seus primeiros vinte anos, se fôssemos procurar personagens dotados de comportamentos semelhantes ao do coronel acima citado, aqui cognominados de “homens do povo”, iríamos encontrá-los aos montões e poderíamos constatar que eles não têm agido por necessidade de ter alguma dívida perdoada, e sim pelo simples desejo de obterem vantagens políticas e partidárias no meio dos grupos onde estão inseridos.
Naqueles tempos, no quase fim do século XVIII, em meio àquele ambiente conspiratório, ao término das apurações da delação que fora feita por Joaquim Silvério dos Reis, o principal responsável pela organização e propagação do movimento, de codinome Tiradentes, foi condenado e enforcado em praça pública porque a Coroa portuguesa queria transmitir a mensagem do que ocorreria com futuros revoltosos, a exemplo dele.
Nos dias de hoje, resguardadas as devidas proporções das delações premiadas já feitas, as quais têm apontado os atos desonestos dos “homens do povo” deste país e se houvesse uma lei que apurasse e julgasse de forma plena e imparcial cada um deles e, uma vez julgado e condenado, fosse levado de imediato para um cadafalso, decerto, seria imprescindível a aquisição de muitas cordas, a contratação de vários verdugos e de bastantes carpinteiros para que estes últimos produzissem estrados em quantidade suficiente para atender a grande demanda.
Haja cadafalsos!
Joaquim Silvério dos Reis pode também ser considerado apenas mais um simples traidor, assim como o procederam Judas Iscariotes, que dispensa comentários, e Domingos Fernandes Calabar, um senhor de engenho que em 1632 aliou-se aos holandeses que invadiram o Nordeste do Brasil.
Quanto ao alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, este tem sido considerado um inconfidente dotado de um patriotismo muito aguerrido ao ter assumido, sozinho, a responsabilidade pela organização e propagação do movimento. Contam que, na ocasião em que foi decretada sua condenação e a consequente morte por enforcamento, ele teria proferido esta frase, se referindo à importância da causa por ele defendida, a saber:
"Se dez vidas eu tivesse, dez vidas eu daria."
Se pudéssemos retroceder no tempo e tivéssemos a oportunidade de conversar um pouco, e a sós, com o coronel Joaquim Silvério dos Reis, o tão propalado traidor de seus companheiros, ele certamente nos diria que não teve a intenção de prejudicar seus companheiros, a quem ele muito os considerava e que o teria agido daquela maneira apenas e tão somente por necessidade de ter sua dívida perdoada pelo governador da Capitania de Minas Gerais, o Visconde de Barbacena, título nobiliárquico criado por D. Pedro, Príncipe Regente de D. Afonso VI de Portugal, por Carta de 19 de Dezembro de 1671, em favor de Afonso Furtado de Castro do Rio de Mendonça.
Hoje, em pleno início desse século XXI, sobretudo nesses seus primeiros vinte anos, se fôssemos procurar personagens dotados de comportamentos semelhantes ao do coronel acima citado, aqui cognominados de “homens do povo”, iríamos encontrá-los aos montões e poderíamos constatar que eles não têm agido por necessidade de ter alguma dívida perdoada, e sim pelo simples desejo de obterem vantagens políticas e partidárias no meio dos grupos onde estão inseridos.
Naqueles tempos, no quase fim do século XVIII, em meio àquele ambiente conspiratório, ao término das apurações da delação que fora feita por Joaquim Silvério dos Reis, o principal responsável pela organização e propagação do movimento, de codinome Tiradentes, foi condenado e enforcado em praça pública porque a Coroa portuguesa queria transmitir a mensagem do que ocorreria com futuros revoltosos, a exemplo dele.
Nos dias de hoje, resguardadas as devidas proporções das delações premiadas já feitas, as quais têm apontado os atos desonestos dos “homens do povo” deste país e se houvesse uma lei que apurasse e julgasse de forma plena e imparcial cada um deles e, uma vez julgado e condenado, fosse levado de imediato para um cadafalso, decerto, seria imprescindível a aquisição de muitas cordas, a contratação de vários verdugos e de bastantes carpinteiros para que estes últimos produzissem estrados em quantidade suficiente para atender a grande demanda.
Haja cadafalsos!