O Campeonato de SARS-CoV-2

O Campeonato Mundial de Pandemia SARS-CoV-2, o novo coronavírus, teve início no dia 31 dezembro de 2019, em Wuhan, 7ª cidade chinesa e 42ª mais populosa do mundo com cerca de 11 milhões de habitantes, quando houve o primeiro caso de uma pneumonia misteriosa; e terá a duração de 07 meses ou mais, e se for bem-sucedido ou não houver nenhuma oposição poderá ser realizado todos os anos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) é o órgão máximo desta modalidade antiesportiva, e todos os países têm as suas confederações.

Tratar-se-á de um novo esporte, com regras antissociais que exige muita resistência do atleta ou paciente, e não faz distinção de raça, idade, sexo ou classe social. Cada atleta terá que se alimentar bem e desenvolver os seus anticorpos ou resistência biológica para vencer o invisível novo coronavírus, um tipo de vírus advindo de animais como morcegos e porcos batizado de SARS-CoV-2. É preciso ter ainda determinação, força e fé em Deus para ser um vencedor.

Por ser um esporte desgastante que conta com a participação de todos os habitantes ou atletas do planeta, todos os outros esportes como futebol, vôlei e tênis foram suspensos. É um esporte sem torcida onde o isolamento social e o uso de máscaras são obrigatórios, porque ninguém poderá se contaminar exceto os jogadores ou infectados. Os atletas ou pacientes que desenvolveram a Covid-19 precisam contar o apoio dos médicos e recursos da Medicina para venceram o terrível novo coronavírus, pois se perderem, perdem a vida; é uma luta mortal em que só um sobrevive.

Já estamos no quinto mês de competição, com 2.710.070 casos confirmados e 190.098 mortes no mundo (estatísticas de 23-04-2020) e cerca de 100 mil novos casos por dia; e vários países já estiveram na liderança. A China liderou algumas rodadas, e a Itália também. A liderança agora é dos Estados Unidos com 876.156 casos confirmados e 49.648 mortes, que provavelmente será o campeão, pois dificilmente será ultrapassado pela Espanha, segunda colocada com 213.024 casos registrados e 22.157 mortes. O Brasil com 91.589 casos confirmados e 6.329 mortes (dados 01-04-2020) ocupa a 10ª posição, podendo subir algumas posições até o final do campeonato, pois é o 3º em novos casos.

É um esporte individual parecido com as lutas do UFC, onde a diferença é que o perdedor sempre morre e é diagnosticado com a 2019-nCoV ou Covid-19 – Síndrome Respiratória Aguda Grave. O adversário é novo coronavírus, e os juízes são os médicos que vão acompanhar a saúde dos atletas e assinarem as súmulas constando vitórias ou derrotas, falecimentos. Todos os habitantes de um país participam do jogo, mas quem tem comorbidades (doenças crônicas como diabetes e cardíacas e obesidade) têm mais chances de perder. Quem já era atleta ou tem uma saúde excelente tem mais chance de sobreviver.

Diferente dos outros campeonatos esportivos não há troféus nem prêmios em dinheiros. Os atletas ou pacientes vencedores receberão um prêmio, a vida; enquanto que os perdedores não têm direitos a velórios e são enterrados covas coletivas. Os países vencedores com os maiores números de casos confirmados e mortes receberão um título de incompetência pela falta de investimentos, e terão de arcarem com os prejuízos em diversas áreas como indústria, comércio, ciência, turismo, esportes, educação e cultura. Os EUA apesar de ser a nação mais rica, têm um sistema de saúde pública precário que não atende a população carente, destarte, está pagando caro por não priorizar o referido sistema.

Goiânia, 01-05-2020

Alonso Rodrigues Pimentel

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 02/05/2020
Reeditado em 02/05/2020
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