GUARDA-CHUVAS
 
A chuva caia, as gotas pareciam melodia.
Naquela manhã, lembrei-me do passado.
As gotas cintilavam em meu guarda-chuva, a cada passo que eu dava, uma poça molhava meus calcanhares. As pessoas passavam e me ignoravam, enquanto eu me preocupava, ainda mais, em chegar a casa antes da enchente chegar.
Na parada de ônibus, todas as pessoas se cansavam em suas telas, ignorando o confortável som da água caindo à sua volta.
O ônibus parecia uma prancha surfando em mar aberto. Os carros passavam e jogavam água nos pedestres, mas eles nem ligavam.
O ônibus chegou e todo mundo entrou como robôs.
Cheguei a casa e dormi.
Naquela manhã, lembrei-me do passado.
Santiago Franarin Zúñiga – 10 anos
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 29/04/2020
Reeditado em 29/04/2020
Código do texto: T6932186
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