O que ela me disse não disse
O amor dela. A paz dela. A corrente de amizades dela. E como fosse feita para ser noviça praticou isso desde os sete anos de idade. Com oito anos passou a rezar o terço completo todo o dia e rezava o oficio da igreja como forma de penitência castiçal. E aos quinze se consagrou a Jesus como seu castíssimo esposo e devia ser feita duas faculdades a de teologia e filosofia e as fez e concluiu. Não falaremos o nome dela apenas seja chamada pelo menos de um pronome: ela. E sentia a paz dentro de si. De coração cálido e ajoviaste. De cada sentido de que somos como amigos e amigas de Deus o sentido de vida se enuviava em cada semente do amor de suas roseiras de pleno verão no convento. E cuidava da cozinha e das plantas todos os dias, amando tudo o que fazia. E como fora sempre feliz colocaram ela na porta do convento para receber novas noviças de Deus. E depois e de vinte anos de convento ela ascendeu ao cargo de madre superiora do convento das descalças. E foi-se feliz por todos os dias de sua existência. Era puro o tempo inteiro não via maldade nas pessoas era simples e humilde e muito honesta. Dificilmente as irmãs pecavam, mas ela evitava qualquer mentira desde pequena. E corajosa vontade de vencer na vida ela dispunha todas as noites de duas horas para escrever em seu diário seu doce caderno. E com desjejum se punha a rezar. O padre Clóvis realizava a primeira missa às seis da manhã e a última às sete da noite, eram três missas diárias e quatro nos finais de semana. Ela confessava-se todos os dias ao contrário que as outras irmãs faziam isso cada mês. E algumas falavam por más bocas que ela era muito pecadora e tinham até inveja dela mesmo não sendo nada disso. E tentavam as irmãs mais velhas pegar ela em algum fragrante de pecado venial ou não, mas nada conseguiam e começaram a dar entraves em sua missão como madre. E tiraram o cargo dela falando que ela estava com gula e inveja coisa que era inverdade e se foi. E ela chorou muito, mas colocou no colo de Deus seu ministério. E quando passados mais treze anos ela ficou muito doente e acamada foi. Com sessenta e sete anos ela estava com tísica doença ingrata de que pegou por excesso de jejum e de várias prostrações. E ela deixou o mundo e hoje é lembrado como fosse santa e linda, palavras, gestos, atos ações e sem pecados. E as que, perseguiu ela viram que ela não mentira e sempre fora honesta. As demais freiras todas as sextas realizariam um terço pelas almas no purgatório e para que ela fosse declarada santa e intercessora lá no céu. Educada desde pequena ela jamais perdera uma missa e sempre era devota de São Bento e Santa Clara. O que ela disse não me disse foi o que o pai falou quando perguntou em segredo se ela queria ser noviciada e freira. E ela sempre falava a verdade sendo boa e boa vontade de que o pecado maior não é pecar e sim não perdoar e ser perdoado assim como somos sementes e amores sinceros. Cada alma se sente de que somos como versos.