As Escolhas da Vida

Escolhermos o que é melhor para nós mesmos, tomarmos decisões acertadas, às vezes não é fácil. Isso porque a maior parte das nossas atitudes têm consequências.

Eu, sinceramente, por comodismo ou não, prefiro o silêncio do anonimato. Poucas luzes e muito ar puro para respirar é o que realmente gosto. Esse é o meu modo de ser. Pode ser clichê!

Mas, entendo quem pense o contrário... sim, por que não? Claro que o mundo não é feito por uma única tintura e todas as cores estão disponíveis para nos vestirmos e apreciarmos os prazeres mundanos. 

Assim, há quem prefira o palco colorido e iluminado da vida. O jogo irresistível da sedução e do aliciamento pessoal. Quem sabe do mistério envolto no desconhecido? Ou do erotismo inconsequente? É um mundo de possibilidades e de tentações. Da egolatria. De imagens e de fotografias com photoshop... de máscaras, maquiagens, fakes e factóides utilizados intencionalmente para distorcer realidades. Mas, o prazer imediato é o que conta!

E, lá no fundo... bem lá no fundo... nós sabemos o que queremos. Quais são de fato as escolhas que nos levarão para esse lugar que chamamos de “felicidade”. Penso assim!

E mesmo a “tal felicidade” é subjetiva. Se muitas “coisas” têm significância, são importantes e até imprescindíveis para muitos, noutros, poderá nada valer.  

Tem algo que considero importante nesse processo: dimensionar “bem” as consequências de nossas decisões. Especialmente, quando elas atingem frontalmente pessoas que são importantes em nossas vidas. Sabem por quê? É que as atitudes individualizadas geralmente afastam quem amamos. Muitas vezes, de forma definitiva.

E isso poderia ser evitado? Imagino que sim! Mas, o prazer imediato é atraente, tenho que reconhecer. O desconhecido e o misterioso são quase insuperáveis. Exercem fascínio maior do que as paisagens já conhecidas e os caminhos anteriormente desbravados.

O bom é quando acertamos. Mesmo que sejam pessoas importantes em nossas vidas. Podemos entendê-las como folhas mortas... papel usado e sem escritas importantes... tudo já foi definitivamente esvaziado. E quando não? Quando descobrimos tardiamente que aquela paisagem antiga era o nosso porto-seguro? O que fazer?

Não sou especialista em comportamento humano. Não tenho uma receita de bolo para dar conselho a ninguém. No mundo das possibilidades, o quadro poderá ser reversível ou não! Tentar é mais uma decisão... mais uma escolha. Porém, sei de algo que minha avó materna dizia sempre: "Errar é humano... permanecer no erro é burrice, um tiro no pé!"

Creio que o melhor mesmo teria sido não deixar o coração sangrar. Não maltratar. Não ferir. Dialogar. Entender as necessidades e fragilidades do outro. Pensar uma vez, antes de tomar a “tal decisão”. Pensar várias vezes... um milhão de vezes, se necessário.

É que tudo tem registro. Fica encravado nas internets, nos escritos, nas fotografias, na memória... e no coração. Fica a dor... tudo por conta de uma decisão, quase ao acaso. Aquela decisão imediatista do prazer efêmero. Das luzes coloridas. Do aconselhamento pessoal (e de outrem) pelos valores de enfrentamento ao cotidiano. Pelo grito de liberdade deflagrado aos 4 cantos do mundo!

Pior de tudo é que terceirizamos as nossas responsabilidades. Debitamos as dissonâncias no passivo de quem queremos bem. E começamos a distorcer os fatos. Hummmmmm... quiçá que, agora, em nossos antigos amores possamos encontrar mais defeitos do que as virtudes que tanto nos encantaram, ao longo de anos a fio!

Nesse contexto, quase sempre, o "Grito do Silêncio" fala mais alto do que a virulência das palavras que corroem o coração e que são ditas para justificar atitudes inconsequentes. Entretanto, nem sempre esse silêncio é o que basta!

Mas, as decisões foram tomadas. Feitas as escolhas. As cartas já postadas na trilha da vida. O que ficou para trás é pó. Bem disse, brilhantemente, importante e prestigiadíssima escritora, em crônica postada nesse site... "FODA-SE !".

Finalmente... reporto-me a um antigo adágio popular, muito utilizado nos processos de gestão empresarial: "Todo ponto-de-vista é a vista de um ponto, mundando-se o ponto, muda-se a vista".

Esse é o meu ponto de vista !!!

 

Antônio Rodrigues de Carvalho Neto  

Antônio NT
Enviado por Antônio NT em 12/04/2020
Reeditado em 12/09/2022
Código do texto: T6914409
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