Nervos à flor da pele
JAMAIS vou negar que sou alguém emotivo e meio arengueiro. Mas apenas coisa de momento. Sou completamente avesso a onda de raiva e a explosão de ódio. Faço minhas críticas mas sem utilizar o combustível da raiva incontida e nem do ódio avassalador. Tem mais: sou alguém que convive harmonicamente com pessoas que pensam diferente de mim, convivo de boa com elas, até, confesso, rimos uns dos outros. Por quê? Porque apesar das divergências nos respeitamos.
Vejam bem, quando alguém chega à idade que cheguei (setenta e tarará) fica mais maneiro, menos radical, a ficha cai, cai todinha. Um velho fazendo salamaleques, cabriolas, saltos soltos e babando de raiva, aliando a isso ainda o ódio de classe, é algo extremamente ridículo.
Precisamos, nós todos, os mais idosos evitar os nervos à flor da pele, seros mais compreensivos mesmo sem perder jamais nosass ideias. Mass, gente, sem também perder a ternura. Inté.