SOMOS O LABORATÓRIO
Enfim, uma realidade inusitada bateu à porta de cada cidadão deste planteta.
Estávamos tão envolvidos em nossos ritmos frenéticos de movimento, exposição e consumo, cada qual com suas motivações...
E então demos de cara com algo sem precedentes e fomos obrigados a ir de um extremo a outro.
Ao recolhimento. Ao refreio no consumo, na exposição, no contato, no movimento. (Me instiga certa curiosidade sobre o que o mundo postará em suas mídias durante a quarentena, do interior de suas casas).
E já que não há alternativa, quem sabe então, por hora, sejamos antropólogos e observemos atentamente esse fenômeno e o que provoca em nós mesmos.
Quem sabe nos daremos conta de que fazíamos coisas desnecessárias, das quais nem gostávamos muito, como ir a jantares chatos com pessoas chatas em lugares chatos...
Quem sabe viajávamos a locais só porque algum "influencer" foi e disse que era o máximo.
Quem sabe comíamos coisas nem tão gostosas assim, mas fingíamos gostar para justificar o investimento em cada estrela... Daí teremos descoberto que o feijão feito por nós é o prato mais delicioso do mundo...
Quem sabe ficando mais tempo em casa, perceberemos que ela não é nada funcional e tampouco tem a ver com a nossa personalidade.
Quem sabe veremos que há coisas demais nela e por isso não há espaço pro aconchego, pra harmonia, pro amor, quiçá até pra nós mesmos...
As casas de revistas são lindas, mas quem sabe nos empenhemos em deixar as nossas mais confortáveis e personalizadas. E então nos sintamos tão bem nela, o melhor lugar do Mundo pra se Estar... (#casaminimalista)
Quem sabe olhemos pro nosso carrão parado na garagem e percebamos que está custando os olhos de muitas caras para um mero enfeite, agora impedido de andar...
Quem sabe percebamos que nem mesmo precisamos "realmente" dele...
Ah e o "tempo"! Quem sabe contabilizemos quantas horas de trabalho foram necessárias para manter um estilo de vida, comprar montanhas de coisas das quais nem precisávamos.
Quem sabe, algumas de nós mulheres, ao voltarmos pro batente, sintamos quão desconfortável e autoflagelante é calçar um salto, vestir saia lápis e coisas do tipo... e que não precisamos de nada disso nem de horas no salão para nos sentirmos lindas e poderosas...
Quem sabe descubramos que é o trabalho enfadonho ou deprimente que nos faz gastar mais em farmácias e sessões de terapia...
Quem sabe até descubramos novos talentos, novos prazeres como cozinhar, cantar, desenhar, ler, escrever, simplesmente fazer absolutamente nada ou até mesmo meditar! Quem sabe desenterremos o violão do armário...
Quem sabe nos daremos conta de que estar com entes amados (incluindo nossos pets) é o bem mais precioso...
Ou então, após uns dias de intenso convívio, finalmente percebamos que nos enfiavamos no escritório ou em viagens a trabalho, congressos pelo mundo afora para fugir de nós mesmos, ou de um relacionamento que não funcionava mais...
Quem sabe comecemos a ter a percepção de tudo que é disfuncional, para nós mesmos, para a humanidade, para o planeta...
E está tudo certo assim. Afinal somos um grande laboratório de experiências... que busca a Evolução como indivíduos e como espécie.
O que importa é sairmos delas e prosseguirmos mais leves, mais amorosos, mais libertos e despertos...
Enfim, uma realidade inusitada bateu à porta de cada cidadão deste planteta.
Estávamos tão envolvidos em nossos ritmos frenéticos de movimento, exposição e consumo, cada qual com suas motivações...
E então demos de cara com algo sem precedentes e fomos obrigados a ir de um extremo a outro.
Ao recolhimento. Ao refreio no consumo, na exposição, no contato, no movimento. (Me instiga certa curiosidade sobre o que o mundo postará em suas mídias durante a quarentena, do interior de suas casas).
E já que não há alternativa, quem sabe então, por hora, sejamos antropólogos e observemos atentamente esse fenômeno e o que provoca em nós mesmos.
Quem sabe nos daremos conta de que fazíamos coisas desnecessárias, das quais nem gostávamos muito, como ir a jantares chatos com pessoas chatas em lugares chatos...
Quem sabe viajávamos a locais só porque algum "influencer" foi e disse que era o máximo.
Quem sabe comíamos coisas nem tão gostosas assim, mas fingíamos gostar para justificar o investimento em cada estrela... Daí teremos descoberto que o feijão feito por nós é o prato mais delicioso do mundo...
Quem sabe ficando mais tempo em casa, perceberemos que ela não é nada funcional e tampouco tem a ver com a nossa personalidade.
Quem sabe veremos que há coisas demais nela e por isso não há espaço pro aconchego, pra harmonia, pro amor, quiçá até pra nós mesmos...
As casas de revistas são lindas, mas quem sabe nos empenhemos em deixar as nossas mais confortáveis e personalizadas. E então nos sintamos tão bem nela, o melhor lugar do Mundo pra se Estar... (#casaminimalista)
Quem sabe olhemos pro nosso carrão parado na garagem e percebamos que está custando os olhos de muitas caras para um mero enfeite, agora impedido de andar...
Quem sabe percebamos que nem mesmo precisamos "realmente" dele...
Ah e o "tempo"! Quem sabe contabilizemos quantas horas de trabalho foram necessárias para manter um estilo de vida, comprar montanhas de coisas das quais nem precisávamos.
Quem sabe, algumas de nós mulheres, ao voltarmos pro batente, sintamos quão desconfortável e autoflagelante é calçar um salto, vestir saia lápis e coisas do tipo... e que não precisamos de nada disso nem de horas no salão para nos sentirmos lindas e poderosas...
Quem sabe descubramos que é o trabalho enfadonho ou deprimente que nos faz gastar mais em farmácias e sessões de terapia...
Quem sabe até descubramos novos talentos, novos prazeres como cozinhar, cantar, desenhar, ler, escrever, simplesmente fazer absolutamente nada ou até mesmo meditar! Quem sabe desenterremos o violão do armário...
Quem sabe nos daremos conta de que estar com entes amados (incluindo nossos pets) é o bem mais precioso...
Ou então, após uns dias de intenso convívio, finalmente percebamos que nos enfiavamos no escritório ou em viagens a trabalho, congressos pelo mundo afora para fugir de nós mesmos, ou de um relacionamento que não funcionava mais...
Quem sabe comecemos a ter a percepção de tudo que é disfuncional, para nós mesmos, para a humanidade, para o planeta...
E está tudo certo assim. Afinal somos um grande laboratório de experiências... que busca a Evolução como indivíduos e como espécie.
O que importa é sairmos delas e prosseguirmos mais leves, mais amorosos, mais libertos e despertos...