O Hino Nacional é um dos simbolos oficiais da República Federativa do Brasil. Os outros são a Bandeira Nacional, o Brasão da República e o Selo Nacional.
Todos os brasileiros alfabetizados aprenderam, em algum momento de sua vida escolar, quais são as regras, ou como se comportar durante a execução do Hino Nacional, mas muitos se esquecem delas na hora de cantá-lo. Uns se acham acima da Deus, outros acima da Pátria, talvez esses dois motivos justifiquem os lapsos de memória.
Todos nós sabemos da capacidade inquestionável do cantor Caetano Veloso e sua intelectualidade invejável. Poucos brasileiros dominam a língua portuguesa tão bem quanto ele, sua poesia é fascinante, sua voz inconfundível e apaixonante.
Não tenho dúvidas de que o ídolo Caetano certamente é sabedor que o Hino Nacional deve ser cantado dentro dos protocolos exigidos - afinal , ele é um dos maiores símbolos do país. Se um povo não respeita seus próprios símbolos, quem respeitará esse povo?
Foi num tom de prepotência e arrogância que o poeta, cantor e filósofo Caetano Veloso, diante dos perfilados Ministros do STF e convidados, cantou o Hino Nacional, sentado num banquinho e, pasmem, de pernas cruzadas, como se o Hino Nacional Brasileiro, fosse uma musiqueta qualquer, um samba de fundo de quintal. A agressão, ou atentado, como queiram, ao Hino Nacional aconteceu na cerimônia de posse da Ministra Cármem Lúcia, como presidente do STF-na tarde do dia 12 de setembro de 2016.
Mergulhei no passado e imaginei o menino Caetano Veloso, gozando de plena saúde física e mental, cantando o Hino Nacional, sentandinho com as pernas cruzadas, lá no pátio da minha saudosa Escola Senador Martiniano de Alencar, em Barbalha,Ceará, sob o olhar de águia da exigente professora Angelita Teles. O puxão de orelha no menino contraventor seria inevitável, reação natural de uma mestra indignida com tamanho desrespeito ao Hino Nacional Brasileiro.
São Paulo, 25 de setembro de 2016
Autor Benedito Morais de Carvalho (Benê)