LADY SIF.

Meu coração novamente se vê em embaraços sentimentais, divertindo perigosamente à beira de um grande precipício. Devo apenas admirar-lhe a face altiva? A beleza que veste de verde os seus olhos? A razão é taxativa em dizer que não, mas, o coração, teimoso como sempre, cego, apenas deseja sem medir nenhuma consequência de seus atos. Talvez seja essa a saga de todo o poeta, amar desvairadamente a beira do abismo. O perigo do amor proibido é a própria chama que o alimenta ferozmente. A minha vontade era não desejá-la, todavia, tanto mais descontroladamente eu a quero. Tão perto de mim, tão longe ao mesmo tempo.

Quando a vejo pela manhã meus olhos se iluminam, transbordam de alegria quando ela surge descendo as escadas. Às vezes tento disfarçar o discreto sorriso que desponta em meus lábios. A passos lentos, como os de uma pantera poderosa em busca da sua presa ela se aproxima, o seu embriagante perfume invadindo minhas narinas, tomando o meu ser em um estado de emoções internas difíceis de serem controladas. O seu fulgurante olhar atento a tudo, não percebe que dentro daquele despretensioso ser moribundo, existe um vulcão prestes a explodir. 'Que sentimentos são esses?' Pergunto ao meu desavisado coração.

As suas alvas vestes, às vezes transparecendo delirantes formas. A pele clara, a curva da cintura, o perfume que dela emana. Tento disfarçar o olhar quando ela passa. Fico pensando se ela percebe que estou olhando, desejando, sonhando de olhos abertos. Fico atento aos movimentos de seus carnudos lábios, a sonoridade das palavras, o movimento suave de tão magnífica boca, o batom vermelho provocante, tão perto de mim, tão distante ao mesmo tempo. Ah! Desejos… Sim… Desejos impuros e insanos percorrem os meus pensamentos, minhas veias, o corpo inteiro. A minha vontade e de beijá-la, abraçá-la, sentir o calor incandescente de seus corpo no meu, de seus lábios dançarinos na valsa dos meus.

Sou um poeta doente de amor… A quero em meus braços, mas, minha loucura está confinada apenas na minha mente, evidenciada apenas nestas rudes palavras. Talvez — embora eu creia fortemente que não — talvez ela lerá as mal traçadas linhas desta desavisada crônica. O nome dela é um mistério, caríssimos leitores… Existe uma beleza escondida em sua pronúncia, chegando a ser deveras poético. Nenhuma de minhas pobres poesias alcançam a beleza de tão irradiantes verdes olhos e vermelhos lábios. Ela é uma Lady… Sim… Lady Sif, a mais bela entre todas as guerreiras do reino onde vivo, e de todos os outros, aliás.

A sua beleza é definida no próprio corpo, é o corpo evidenciando distinta veste, é a cor dos olhos feiticeiros, o brilho intenso que hipnotiza. A beleza pulsa na cor vermelha de formato triangular por trás de alva e transparente veste, é o delicado detalhe que enlouquece. Que se materializa na tela da mente, se forma de várias maneiras, um delírio diário. Lady Sif fascina desde o primeiro momento ao último, sendo observada em silencioso, desejada com intensidade e fogo. Ela olha para todos ao seu redor, não percebe as intenções deste poeta. Bela 'lady Sif', que tem os lábios fartos de vermelho escarlate, desenhados com extrema delicadeza, sua voz é como o trovão, é uma amazona entre os elfos, sempre observada, provocando vãs intenções e pensamentos imperfeitos.

Quem é ela?

Lady Sif, é claro…

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 01/03/2020
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