A TENTAÇÃO DE VIVER CERTAS AVENTURAS DE AMOR

Certamente viver uma aventura de amor pode ser

algo que excita a imaginação, mas também pode ter...

algumas implicações que se transformam em complicações,

que o bom senso recomenda evitar...

Ósculos e amplexos,

Marcial

A TENTAÇÃO DE VIVER CERTAS AVENTURAS DE AMOR

Marcial Salaverry

Por ser um caminho recheado de perigos, viver certas aventuras de amor, que geralmente chegam a ser apenas aventuras fugazes, pode ser algo bom para quebrar a monotonia da vida na opinião de muita gente, que acredita inclusive, que chega a dar mais vida para um relacionamento mais estável. Seria como que uma quebra de rotina. Ou o desejo de experimentar algo diferente. Mas o bom senso recomenda cuidado, pois pode trazer consequencias irremediáveis...

A desculpa pode ser o que muitos dizem, ou seja, que certas "escapadas" fortalecem um relacionamento que está caindo na monotonia da rotina diária. Só que envolve muitos perigos. Por exemplo, pode ocorrer o surgimento de uma paixão muito forte, que acaba estremecendo o edifício solidamente construído com uma convivência de muitos anos de felicidade, e então pergunta-se se valerá a pena correr o risco. Concordo que muitas vezes "pinta" alguma coisa. Conhecemos um "certo" alguém que nos impressiona, e fica aquele desejo de provar o chamado "fruto proibido". Pode se manter um certo clima de romance sem que haja um envolvimento mais forte. Claro que é arriscado, pois se o "outro lado" descobre, as consequencias poderão ser bem desagradáveis, e fica a dúvida sobre se realmente vale a pena colocar em risco a vida até então vivida.

Pode-se perguntar: "E se o envolvimento crescer? E se o perigo aumentar?" Bem, qualquer atitude sempre deverá ser tomada muito pensadamente. Reconheço que por vezes é difícil resistir a uma aventura excitante. É aquele famoso caso de auto-afirmação, de que ainda "somos capazes de atrair atenção do sexo oposto", e isso sempre mexe com o ego das pessoas, seja para "eles", ou para "elas"... E nunca esquecendo de que se acontece de um lado, pode acontecer do outro, e assim, quem trai, pode estar sendo traido também... Nunca podemos esquecer do outro lado. Cabe então pensar, que a parceria também poderá estar sentindo esses mesmos desejos. O outro lado também está vivo, e poderá querer a mesma coisa. Direitos sempre serão iguais. Se queremos provar, temos que aceitar o mesmo de nossa parceria, o que nem todos concordam. Por que será? Se um pode, existe a igualdade de direitos e deveres...

Aceitando-se essa premissa, será preciso verificar se a aventura que se apresenta é tão excitante assim. Se vale a pena correr todos os riscos. Se o relacionamento está bem estável, por que entregar-se a algo passageiro? A algo fugaz? Vamos aprender a raciocinar e principalmente aprender a viver, e não há nada como viver em clima de paz e amor, o que acontece com um relacionamento longo e estável com certeza.

Ninguém pode dizer que tal atitude está certa ou errada. Tudo depende de circunstâncias, de momentos. Muitas vezes, ante a perspectiva de uma excitante aventura, acho que a atitude mais sensata é fazer uma análise da situação, porque sempre alguém sairá ferido, e muitas vezes é o próprio aventureiro quem se machuca. Tais situações geralmente não são planejadas. Simplesmente surgem, acontecem numa surpresa, que poderá ser boa, ou não, e na minha opinião, o melhor a se fazer em tais situações, é um jogo limpo, pelo menos com a 3ª parte, qual seja, esclarecer bem a situação, de que o desejo é de momento, e será só uma simples aventura passageira. Pelo menos existirá uma coerência de atitudes, que nem sempre é aceita, e na verdade, são riscos que não vale a pena correr...

Muitos poderão achar que esta idéia é muito cínica. Concordo, mas só o chegar a uma situação parelha já vai uma certa dose de cinismo, não acham? E convenhamos, é difícil controlar uma atração muito forte. E nessa situação, chegar-se às vias de fato talvez seja mais coerente e definitivo do que ficar imaginando como seria. O pensamento é às vezes, muito mais perigoso, pode trazer consequencias piores do que "cometer-se o crime". Pelo menos já se viu como é que é, podendo assim administrar melhor a situação.

Espero ter me expressado coerentemente. Não faço apologia de amores clandestinos, simplesmente concordo com o direito ao livre arbítrio, onde cada qual sabe onde lhe aperta o calo. Só penso que quaisquer atitudes devem ser tomadas após uma boa meditação, pois sempre tem mais um ou dois lados envolvidos, e essa é uma situação que tem de ser ponderada, sempre cabendo a pergunta, se saberia aceitar a "retribuição da traição". Direitos e deveres iguais...

Respondendo à pergunta que me foi feita, e que inspirou esta cronica: "O que eu faria numa situação dessas?" Pensaria muito bem e tomaria a atitude mais coerente possível. Ninguém pode dizer que tomaria tal ou qual atitude, pois tudo depende das circunstâncias de momento, dos impulsos do coração e da emoção, e principalmente do tamanho do juízo, pois será preciso avaliar as consequencias que poderão advir... Se vale a pena viver uma aventura? É algo que sempre deverá depender da decisão de cada um... Por vezes é gratificante, por vezes é perigosa, depende muito de uma boa conversa, de como saber resistir a certos impulsos. O certo apenas, é que não se deve "entrar de cabeça" em uma aventura. Tomando-se essa decisão, que se leve em conta, ao menos que é uma coisa para ser vivida no momento. É algo para ser vivido pela emoção, que muitas vezes deve ceder à vontade da razão, que recomenda deixar de lado certas tentações...Por um momento de prazer, pode-se estragar toda uma vida de amor sincero... Juízo e bom senso é que mais se recomenda em situações parelhas, e verdade seja dita não há nada melhor do que manter a consciência tranquila..

Assim sendo, o mais adequado sempre é juízo e discernimento, para procurar evitar problemas sérios, que poderão transformar UM LINDO DIA, em um triste dia...

Marcial Salaverry
Enviado por Marcial Salaverry em 05/01/2020
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