O que verdadeiramente é e não é preconceito?
Gosto pessoal =/= preconceito
Ofensa a partir de gosto pessoal = preconceito
Verdades ''inconvenientes' =/= preconceito
Ofensas a partir de verdades inconvenientes = preconceito
- Generalizações não-factuais = preconceito
- Justificar medidas cruéis a partir de verdades inconvenientes = preconceito
Exemplo:
Verdade inconveniente para muitos progressistas:
"A maioria dos criminosos em países como o Brasil e os EUA.. são [homens, héteros] negros e pardos".
Preconceito/generalização não-factual/ofensa: " (Todos os) negros e pardos são criminosos"
Uma verdade inconveniente para muitos conservadores:
''A maioria dos políticos e empresários corruptos [criminosos de colarinho branco] no Brasil, nos EUA... são [homens, héteros] brancos''
Preconceito/generalização não-factual/ofensa: ''(Todos os] brancos são corruptos''
Gosto pessoal: "Eu prefiro loiras"
Preconceito/generalização não-factual/exacerbação do gosto pessoal/ofensa: "[todas] as morenas são feias"
Segregação versus auto-segregação
Outra questão relacionada a gosto pessoal/e preconceito é a segregação mas, também, a tentativa equivocada [pra variar] das [ou de algumas] esquerdas de tratar gostos pessoais ou preferências por associação como se fossem preconceitos, para então incentivar o fim de todos os segregacionismos. Para a maioria progressista, toda a segregação é ruim, mas, primeiro, a palavra em si não tem qualquer conotação moral, antes de sua contextualização. Portanto, o ato de segregar pode ser tanto no sentido positivo quanto no negativo. É difícil para muitos progressistas entender que ninguém é obrigado a conviver com quem não tem afinidades nem de gostar daquilo que não gosta, ululante. Mais ''forçam a barra'', mais as pessoas, em média, reagirão negativamente. Também, pudera. Parece que lhes falta conhecimento básico em psicologia.
Existe um tipo de segregação que é mais moralmente problemático e é aquele que ocorre, especialmente, em ambientes públicos e baseado em motivações torpes... Em ambientes privados, individuais ou ocupados por um grupo específico, a segregação não deve ser, a priori, condenada, porque seria o mesmo que condenar o direito básico à associação 'livre''. Comunidades religiosas, como os amish, por exemplo. Esta seria uma espécie de auto-segregação.
É... ''o mundo é mais complexo'' do que sua vã ideologia...
As fronteiras entre gosto pessoal e preconceito e, junto deles, a existência de verdades ''inconvenientes', são muito sutis e, depende de mais reflexão e debate com objetividade para chegar a entendimentos e consensos múltiplos, que consigam solucionar ao invés de atiçar conflitos, que consigam ser satisfatórios para o máximo possível de pessoas & grupos envolvidos, do que, cruamente, tentar impor ao outro o seu modo de pensar.