Diário de Bordo (Retomando as leituras de cartas do Tarô)

Diário de Bordo (Retomando a leitura do Tarô)

Todo final de ano vem sempre para mim, e quero crer que para a maioria de nós, a necessidade de passar a limpo a cadeia de eventos da qual eu fui protagonista ou coadjuvante. Tendo esta necessidade como mote, me pus a estudar com mais profundidade alguns livros de terapia que trago sempre comigo, e entre eles, alguns que tratam dos fundamentos do Tarô de Marselha.

Dentre esses livros, escolhi dois para adentrar as suas páginas e os seus ensinamentos com mais atenção, sendo o primeiro intitulado "Cura Astral Taoista", escrito em parceria por Mantak Kia e Dirk Oellibrandt, e o segundo "Arcanos Menores do Tarô ", do russo G. O. Meses, o qual eu considero o mais bem fundamentado conhecedor do tema, não só no que se refere ao tarô, como também ao Ocultismo a Teosofia, Cabala e a Filosofia Hermética no seu todo.

A primeira vez que voltei o meu olhar com mais interesse para as coisas do tarô, foi por volta da virada deste século, através da minha amiga Maria Fernanda Mansur, que me disse que havia parado de ler cartas por não dar conta dos sustos que levava com as descobertas que fazia através das mesmas.

Meu primeiro livro de tarô foi um manual de autoria do Nei Naif, que se propunha a dar um curso de Tarô através do mesmo. Não gostei muito do livro, o baralho era de péssima qualidade, e o autor me pareceu muito teatral e viajante.

Com o passar dos anos, e depois de fazer um curso de formação de tarólogo, vim a ter acesso a leituras consistentes na área de tarô, vindo a perceber o grande número de filósofos que se debruçaram sobre os mistérios dessa arte multissecular.

A ligação com o primeiro livro citado, vem do fato de que, por ter estudado massoterapia numa clinica-escola de orientação taoista, nada mais natural que o meu interesse também se voltasse para os ensinamentos dessa filosofia de origem chinesa, que abrange desde a fitoterapia, a acupuntura e o Ming Li, a astrologia chinesa antiga, e ainda tendo o I Ching como referencial constante.

Pois bem.

Fiquei um ano inteiro absorvido nas tarefas aqui da roça, sem querer direcionar a minha energia para as coisas do tarô. No entanto, há alguns meses eu prometi fazer uma tiragem um amigo que fiz por aqui, sendo que ontem, quarta-feira, chegou o dia de saldar a minha promessa. Dois dias antes, no domingo, havia feito uma abertura de cartas para mim mesmo, buscando verificar através dos arcanos do Tarô, o estado de espírito em que me encontrava.

Logo após a faina da manhã, a carregar balde e regador para manter as plantas da minha horta bem hidratada, peguei a minha bike, subi a ladeira da estrada de acesso aqui de Pasárgada, e me abanquei para fazer a leitura de Tarô para o meu amigo.

Mesa arrumada, os pássaros fazendo um fundo musical muito bonito, e as tiragens foram saindo, deixando o meu amigo encantado, e eu muito feliz por estar de volta nas lides dos mistério desse oráculo que eu tanto gosto.

Deixo aqui a minha gratidão aos ensinamentos de Liz Greene, Anthony E. White, Papus e G. O. Meses, alguns dos muitos mestres que despertaram o meu encanto pelos mistérios do Tarô e da Cabala.

Terras de Olivença, véspera da Lua cheia de Dezembro de 2019.

João Bosco

Aprendiz de Poeta
Enviado por Aprendiz de Poeta em 12/12/2019
Código do texto: T6817194
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.