Esquerdistas: os legítimos representantes do povo
Os esquerdistas se apresentam como representantes legítimos do povo, cujos valores respeitam e cuja liberdade defendem com o próprio sangue, dizem. E dão os conservadores como tipos desprezíveis que desprezam o povo. Procedem tal auto-imagem esquerdista e a imagem, criada pelos esquerdistas, dos conservadores?
Vejamos:
O povo é favorável à legítima defesa - os esquerdistas negam-lha, e atribuem ao Estado a exclusividade no uso da força contra os marginais; e os conservadores entendem a legítima defesa um direito natural, inalienável.
Para o povo toda pessoa tem o direito de decidir se frequenta, ou não, a escola, e cabe aos pais educarem, se o desejarem, os filhos em casa - os esquerdistas querem obrigar toda pessoa a frequentar a rede oficial de ensino; e os conservadores entendem que cabe aos pais a autoridade, única autoridade, reconhecida, quanto à educação dos filhos.
O povo não vê com bons olhos a ideologia de gênero - dela os esquerdistas são defensores intransigentes (e eles querem determinar a obrigatoriedade do ensino da ideologia de gênero, nas escolas, às crianças, inclusive às que ainda nem desmamaram); e os conservadores repudiam-na terminantemente.
Para o povo aborto é assassinato de crianças - para os esquerdistas, é o aborto direito da mulher, que, seguindo o lema 'meu corpo, minhas regras', pode extrair do útero o "amontoado de células", criatura estranha (espécie de oitavo passageiro) que, de algum modo inexplicado, lhe adentrara o corpo (uma das razões alegadas para a remoção do 'corpo estranho' contempla as contingências econômicas adversas: não detendo recursos que lhe permite cuidar de uma criança, para evitar dissabores futuros a mulher pode decidir não pô-la no mundo; e outra razão tem caráter global: é o aborto um expediente de política populacional que, alegam os seus defensores, evitará a explosão demográfica, que redundará na superpopulação e no esgotamento dos recursos naturais); e os conservadores, intransigentes defensores da vida, opõem-se ao aborto, que é, sabem, um eufemismo de assassinato.
O povo tem na família a instituição essencial de uma sociedade saudável - os esquerdistas almejam aniquilá-la; os conservadores a valorizam.
Os exemplos elencados acima são suficientes, mais do que suficientes, para provar que são os esquerdistas inimigos do povo, e não seus amigos.
Diante de tais exemplos, os esquerdistas, de peito empinado, cheios de si, empavonados, arrotando superioridade, dizem: "O povo não tem educação. É ignorante. É inculto. Nós, esquerdistas, que dedicamos a vida ao estudo da sociedade, sabemos o que é bom e o que é ruim para o povo".