PRINCÍPIO VITAL, FÍSICA QUÂNTICA E KARDECISMO

Há uma forma de energia muito singular. Um tipo de energia não atômica que nenhum aparelho pode capturar, a não ser o código genético DNA. Uma energia que não pode nem ser vibracional mensurável ou mesmo um pulso elétrico aferível. No entanto: é energia.

Uma "energia-fagulha", como uma faísca de vela de um motor a combustão. Etérea.

É uma "anima" que dá a palavra "animal". Aquilo que anima. Pedra, por exemplo, não a tem.

Somente pode ser captada por uma metafísica ou ontogênese.

Por isso que o pensamento abstrato nunca deve sucumbir diante do pensamento pragmático, de raiz tecnicista - com sempre sonharam os iluministas.

O pensamento abstrato e a imaginação racional estão desaparecendo no mundo atual - minando o ser humano de sondar o abismo existencial (que não é algo que deva dar medo, mas, por causa da nossa cultura niilista, consumista, meritocrática e capitalista, só acirra a "angústia persecutória").

Essa energia vaga pelo cosmos.

Ela se origina em algo ou algum lugar, pois assim diz a lógica de causa e de efeito, manifestada no Livro dos Espíritos, de A. Kardec.

Ela entra nos seres que têm a predisposição à vida.

Ela é a fagulha de que ascende o motor orgânico ("ou o sopro vital").

Muito difícil estudar essa energia à luz da Física e da Química.

Ela não seria um dos estados da matéria, mas uma qualidade metafísica da matéria.

Aliás, metafísica é um nome que foi criado antes da física quântica (uma física em que o comportamento das partículas invisíveis beira o "absurdo").

Não há como ver essa energia entrando, mas é fácil ver seu efeito: a circulação de fluídos hematológicos (aqui no Planeta Terra).

Muito interessante é que esse fluído talvez não seja criado, mas reposto (já que nenhuma energia é criada, mas é transformada - por isso a defesa da reencarnação pelo kardecismo e outros sistemas mitológicos).

Ou seja: todos que morrem organicamente veem esse fluído retornar ao ponto inicial. Depois, novamente, ele se encaixa num novo ser vivente, segundo o kardecismo, o budismo e o hinduísmo.

No fim da circulação hematológica essa energia sem peso e massa sai do "animália".

Sai e volta para algo.

Esse algo redistribui essa mesma energia constante.

Como tudo caminha para o caos ou uma grande entropia (desagregação da matéria), um dia toda essa energia se condensa novamente num ponto ínfimo, conforme a teoria do "Big Bang", de Einstein.

Ai ela explode novamente e cria novas leis físicas - o que passa longe demais do conceito de que tudo é obra do acaso.

O acaso é a "inteligência universal de Deus", ou o Uno, com Platão descreve em "A República". Tudo aponta para isso.

O conceito de começo e fim não existe no princípio vital. Fim e começo são ilusões mentais humanas, pois I. Kant afirma que tempo e espaço são categorias do entendimento e não do mundo externo.

O ser humano não consegue pensar o infinito, pois sua mente ainda está presa ao tempo e ao espaço, que não existem. São apenas "bússolas" criadas pelo intelecto para nos situarmos no mundo.

LUCIANO DI MEDHEYROS
Enviado por LUCIANO DI MEDHEYROS em 02/12/2019
Reeditado em 22/11/2022
Código do texto: T6809027
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