Tribunal da corte da sociedade.
O mundo aonde vivemos, é um tribunal vivo. E como posso afirmar essa tese? Você me pergunta em tom curiososo. Imagine que desde que saímos do ventre de nossas mãe já somos catalogados por peso e tamanho. Os tios , avós, parentes e amigos, já comentam entre cochicho – esse bebê é grande ou pequeno, é bonito ou as vezes tem cara de joelho– contando que a mãe, que já cria um instinto protetor de leoa, não ouça, está tudo certo. No colégio, já somos separados e novamente catalogados, entre insignificantes e descolados, claro que existem várias outras ramificações dos gêneros, mas a ideia é a mesma. É nesse momento que de julgados, podemos virar aqueles que agora julgam. O que seria o preconceito ,se não um julgamento de uma maioria, sobre uma minoria. Quando adultos novamente passamos por outra seleção. Nos adaptamos a grupos, para sobreviver, porque é bem mais fácil ser o juiz, do que o réu no tribunal. Passamos mais tempo, querendo impressionar e nos provar valorosos, para terceiros, do que para nós mesmos. A inocência ,que o réu tenta provar, para a corte, não seria um valor pré-catalogado da sociedade. Pessoas são julgadas como incompetentes ,em certas atividades, sendo que não é apenas um mísero momento de sua vida, que o torna capaz ou incapaz. O filho que se dieta com várias meninas, para não ser acusado de “veado “, pelo pai e seus amigos de bar. A filha moça, que nunca foi orientada pela família, sendo taxada de “puta “– me desculpem o uso de palavras de baixo calão- porém preciso demonstrar, quem em nossa sociedade ,até a pequena minoria, se une a massa, que com tochas e offices na mão, julgam e condenam, todo aquele que não segue uma “lei" pré-estabelecidas por uma sociedade ultrapassada, com o nome de patriarcado. Mulheres, julgam, mulheres, homens, que julgam, homens, para seguir o rumo das águas do rio. Pois, mesmo que essas águas, sejam profundas e turvas, é melhor seguir a correnteza, do que se aventurar contra ela. Somos todos julgados, por nosso erros. Uma boa ação, já nos abre as portas do céu, porém não vivemos em um mundo bíblico, mas sim, em um tribunal vivo e opressor –das pequenas minorias –que tenta esmagar com uma grade massa de preconceitos e julgamentos, de tudo aquilo que não nos torna aptos aos olhos dos juízes de nossa sociedade.