Histórias da Horta – Reunião de Autoridades
 
Continuo recebendo visitantes no nosso Museu Vivo de Plantas Medicinais e Condimentos. Segunda-feira, dia 11 de novembro de 2019, a convite do prefeito da minha Quadra, vieram ao nosso espaço representantes do Governo de Brasília e Prefeitos, empenhados em implantar hortas e dar destinação adequada ao lixo orgânico gerado pelas comunidades do DF. Tivemos uma manhã de encaminhamentos, com base na proposta que elaborei e tentei apresentar ao GDF, em 2010, por ocasião da revisão do Plano Urbanístico do DF. Finalmente parece que o tema voltou à tona e obteve o crédito que eu desejava.  Essa proposta contempla várias ações por parte da comunidade e do Governo Local com vistas a um elenco pelo menos 10 de benefícios imediatos, que são: 
a - Coleta de água das chuvas na área urbana, a partir dos telhados das casas e prédios, com canalização para reservatórios a serem instalados próximo aos locais de cultivo, de onde será  distribuída para os pontos de irrigação, através de gotejamento e/ou pulverização, conforme a necessidade de cada área plantada;
b - Durante o período da seca, abastecimento do reservatório através de caminhões pipa gratuitamente ou redução da taxa de esgoto do cálculo da tarifa de água potável  das residências ou condomínios que mantem a horta;
c - Elaboração e implantação de projeto paisagístico padronizado e institucionalizado, sob orientação e supervisão (EMATER?);
d - Implementação de centenas de Hortas Comunitárias Urbanas semelhantes no Plano Piloto e Cidades Satélites do Distrito Federal com extensão para todo o território nacional, onde couber. 
Resultados Almejados:
1. Redução do lixo orgânico: cascas de frutas, legumes, verduras, folhas verdes e secas que caem das árvores serão transformados em adubo, através das composteiras, reduzindo o volume e selecionando previamente o lixo coletado nas áreas urbanas;
2. Revitalização dos terrenos contíguos às áreas residenciais: serão reduzidos os efeitos danosos à saúde provocados pela proximidade com metais pesados, haverá melhoria da qualidade do ar, preservação da umidade natural e atratividade para aproximação de pássaros e outros pequenos animais silvestres, recriando ambientes benéficos;
3. Colheita manual e utilização doméstica imediata das plantas cultivadas organicamente para chás, temperos e ornamentação;
4. Conscientização ambiental e transmissão das técnicas agrícolas às crianças, adolescentes, empregados domésticos motivados pela participação direta e acompanhamento permanente da atividade;
5. Formação de profissionais em agricultura urbana e compostagem, através de aula práticas nas comunidades onde residem com certificação (modelo SENAR).
6. Redução da contaminação dos mananciais, do entupimento de bueiros e alagamentos de ruas nas grandes cidades (explorar melhor);
7.Redução da incidência de mosquitos da dengue e de outros insetos provocadores de doenças, como ratos, baratas, formigas que são atraídos pelo cheiro do lixo misto;
8. Redução/substituição de conteiners. Fixação de lixeiras (ver sistema de coleta em outros países);

9.Melhoria das condições de trabalho dos catadores de lixo (explorar melhor);
10. Economia/redirecionamento da mão de obra, transporte, combustíveis fósseis, maquinários, enfim toda a estrutura envolvida na coleta, limpeza e tratamento do lixo produzido nas áreas urbanas.
O grupo de 9 participantes da reunião, entre prefeitos de Quadras e representantes do Governo, acionará outros Órgãos da Administração de Brasília e promoverá novas reuniões, com vistas a implantar um projeto piloto na Asa Norte,  a partir do modelo que criei desde 2007, e depois estendê-lo às demais áreas do Distrito  Federal.  Continuo na torcida.
Sandra Fayad Bsb
Enviado por Sandra Fayad Bsb em 16/11/2019
Reeditado em 16/11/2019
Código do texto: T6796539
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