Ser mãe também cansa
Sem romantizar a dor e o cansaço das mães que cuidam de seus filhos sozinhas, quero parabenizá-las por tamanha atitude, pois eu estou exausta esses dias, mesmo com o apoio do meu marido que é um paizão. Estou cansada de um jeito que nem sei explicar. É bom? Não. É ruim? Também não. Só estou cansada. A gente fica com receio de admitir, para nós mesmas, que se sente exausta no final do dia pra não se sentir menos capaz, mas a verdade é que é cansativo e você descobre que isso não te torna menos capaz.
Cansa.
Horas amamentando;
Horas em pé, resolvendo mil coisas;
Bebê que não quer berço, nem carrinho, nem bebê conforto, só o seu colinho amoroso;
Troca de fralda;
Troca de fralda de novo e again;
Banho raiz de balde que acalma o bebê, mas que as vezes dá dor nas costas;
56 minutos balançando o bebê na rede pra ver se ele dorme e você pode lavar a louça;
Roupas pra passar do bebê acumuladas porque o dia só tem 24 horas e não apareceu ninguém pra te ajudar;
Bebê que quer brincar e você não resiste porque quer brincar também;
Peito, peito, peito...
Olhe... cansa.
Que atire a primeira pedra a mãe que nunca se sentiu cansada, exausta.
A gente descobre que pode amar o filho e se sentir cansada ao mesmo tempo.
A gente ama, mas cansa.
É um cansaço bom? Não.
É um cansaço ruim? Também não.
Parem com isso!
É só cansaço.