O consumo da carne humana
Corpos em decomposição.
O frenesi do desejo em aceleração.
Egoísmo na hora do prazer.
Preconceito à flor da pele.
À vontade e a negação ao mesmo tempo.
O machismo impera.
O medo abrolha, a alma apavora.
Homens que desejam homens e agem como monstros que devoram a inocência de meninos que estão aprendendo a viver.
Vil, o ato desumano de consumir a carne.
Falta disciplina, regra, amor.
A violência a serviço dos caprichos da volúpia.
O desequilíbrio governando as ações funestas.
O toque devastador, o olhar voraz, a loucura...
A arte inconsciente de promover o prazer profano do corpo.
Curtos-circuitos na moral.
A morte física em prol da concupiscência.
Carne marcada, aniquilada pelo fluxo da dor, provocada pelo desamor.
No olhar a esperança, no corpo a repulsa, na alma a vontade de vivenciar a liberdade.
Sussurros, odores, dissabores, o fim do ser em detrimento do abuso da carne.