Depois de muito tempo

No fundo do baú estava perdida, escritas com caligrafia de alguém que vivia muito bem com sigo mesmo, no tocante a paz interior.

Logo reconhece de quem se tratava, as primeiras linhas desejando que tudo esteja ocorrendo bem, para depois lançar aquela flecha que sangraria o seu coração lentamente, cada estrofe turvava as linhas, pareciam que as letras horas grudavam umas nas outras, mas continuou lendo.

Para o leitor(a) se situarem, naquele tempo era comum se comunicar por carta, no regimento onde estava, era praxe as correspondências serem filtradas, com isso o retardamento da entrega era inevitável.

Com a certeza de que o juramento não fosse violado, buscou ficar calmo, se isso fosse possível com o coração naquele estado, procura focar na rotina de pré guerra ainda nos treinos de um campo que simulava uma grande batalha.

Porém senti o peso enorme da baioneta, os rompimentos dos nervos, a carne misturadas de sangue corria desenfreado num corpo que antes era tão viril e resistente, mas nesse momento se fazia tão vulnerável.

Não precisa nem dizer como passou os dias, depois de oito meses retorna a terra natal. Fica sabendo que suas correspondências chegaram no remetente certo, mas a mãe de sua ex-namorada escondia de sua filha.

Não tinha mais que fazer, sua ex - estava morta, e a futura sogra num manicômio, diziam que ficou assim depois que filha faleceu.

Jova
Enviado por Jova em 11/11/2019
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