Lise era uma mistura de partes iguais: bonita e intensa!

Eram adultos não eram jovens adultos talvez velhos na adultencia. Em tempo idos ou na percepção de adolescentes atuais seriam velhos modernosos de cinquenta anos, ambos estavam em segundos ou terceiros relacionamentos. Ele olhava com ar de enfado e preguiça por trás dos óculos o ataque infantil dela ao amanhecer, “já disse mil vezes tira esse retrato da parede”, ao qual sorriu fingindo não ouvi-la. Dia sim, outro também fazia de conta que não entendia o que Lise falava sobre o tal retrato. Adorava olhá-la, irritada com os olhos faiscando andando pela casa batendo os saltos, barulho que cansava os vizinhos do segundo andar, mas a ele não causava nada. Lise era uma mistura de partes iguais: bonita e intensa, intensidade essa que aparecia com mais apreço no inicio da manhã, não gostava de acordar cedo. Então, olhava para a parede do lado esquerdo da cozinha e sapateava pelo apartamento, mas no restante do dia era mansa como uma gata castrada.Ele jurava a si em todos os surtos que tiraria o maldito retrato. O dia o tomava com os diversos afazeres e esquecia, mas da manhã não passaria, dizia sempre.

Marisa Piedras
Enviado por Marisa Piedras em 20/08/2019
Reeditado em 10/06/2020
Código do texto: T6724906
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