text.gif?1563585027


Junho chegou com seu jeito cor de rosa e ela estava lá na avenida saudando aquelas flores. Ela estava lá, misturada àquele mundo róseo. 
 



 

Nunca pensei nela assim em nuances rosadas. Mas quando a vi sentada ali no chão sobre as pétalas que cobriam a rua e segurando o cesto cheio das belas flores róseas, o sorriso tão repleto daquela veludez, eu percebi que sim, que ela era o pleno ipê florescendo a avenida. A arte de florir no inverno...





 
Nunca realmente pensei nela assim, o jeito criança misturado ao rosa e, a poesia caindo como as pétalas dos caules desnudos, a poesia enchendo cestos, a poesia cobrindo as ruas, a poesia debaixo do chapéu e mesmo detrás dos óculos escuros.



 

Era ela, e eu me peguei com o olhar encantado daquela magia, daquele instante, daquela vida... Daquela vida, que, assim como o ipê, alegra-se em fazer as coisas ao contrário do que esperam as convenções. Sim, porque quem mais se sentaria no chão em plena avenida misturada às pétalas de flores, sem se importar com os olhares? Quem mais colheria aquelas flores de veludo e encheria o cesto feito criança? Ela. Sim, ela. Poética, mística, contra a regra geral, como o próprio ipê rosa...







 
text.gif?1563585805

ApprehensivePopularArabianoryx-max-1mb.gif
Olá caros amigos, as imagens são de minha irmã Suelene e as postei com autorização dela. Gente eu amei essas imagens e pedi para ela autorização para escrever algo e postar. Eu queria escrever um poema, mas a inspiração poética ainda não voltou para casa. Então optei pela crônica onde tentei dizer o que penso dessa minha linda irmã. Então essa pequena crônica faz referência a ela. As imagens dizem por si tudo que ela é: uma pessoa que reverencia a vida e a natureza e, que, assim como o ipê rosa, floresce e embeleza mesmo quando tudo em volta é frio ou seco como o inverno. Eu a admiro por toda sua beleza interior e exterior.