Ok
Rosa Pena
A busca de mim mesma não é uma exclusividade minha.
Vou ao espelho e amo algumas coisas que vejo externamente, mas em um olhar mais aprofundado percebo minh'alma, e esta não é muito semelhante ao reflexo que está estampado aqui neste pedaço de vidro.
É bem mais feia.
Será momento de mudar? Dá tempo?
“Meu caminho eu mesmo traço, com régua e compasso.” Esta música cismou de ressoar em meus ouvidos.
Tracei e ferrei-me. Faltou a borracha.
Bem, e agora José? A festa acabou?
— Não! — meu subconsciente avisa. — Ainda é cedo. Está claro ainda. Dança mais um pouco. Beba mais uma taça de champanhe. Amadurecida, mas não apodrecida, mulher!
— OK... — respondo!
Colonizarei minha angústia e suportarei o peso do malfeito, do refeito, do desfeito de tanto fazer.
Não preciso de diagnóstico para essa minha inquietude. Já tenho.
Preciso do mapa do caminho, do reencontro de mim comigo.
Correr para dentro de mim. Estimar-me.
Achar motivos para suportar melhor o peso da minha existência.
Olhar bem o presente e fazer dele um “presente”, digno de esquecer os erros do passado.
PreTextos