PORCOS FUÇAM FARELO A VIDA INTEIRA, NA LAMA.

“E quanto ao homem a quem Deus deu riquezas e bens, e poder para desfrutá-los, receber o seu quinhão, e se regozijar no seu trabalho, isso é dom de Deus. Nada que é seu lhe será tirado, e nada do que não lhe pertence lhe será dado. Não podemos deixar nossa honra passar como seta para o futuro de nossa alma, pois “Como seta despedida ao lugar destinado, o ar dividido logo se cerra em si mesmo, de maneira que se fique ignorando a passagem dela”. Salomão; O Livro da Sabedoria.

Encontro pessoa que não via fazia tempo. Ficou fora e voltou. Não conseguiu superar também lá fora o que entende como dificuldades. Considera como estão outros, bem melhores que ele, e segundo ele não mereciam.

É a amargura na vida, coroada pela inveja que transita na torpeza do caráter. Nossa vida é só nossa, a dos outros, por claro, dos outros.

Tudo que não fizemos não era para ser feito, tudo que não conseguimos tem suas razões, basta procurá-las. Olhar para dentro de si, suas realidades, seu “umbigo” que ainda não foi cortado de graves pontos de deseducação, por vezes e quase sempre, somos o que foram nossos pais.

Personalidade daninha, caráter cinzento e por isso improdutivo para si e para os outros, a negação do princípio social que rege família e sociedade, a menor e a maior célula de uma nação.

E repetimos o desgosto de patinar toda uma vida, patinar, sem conjugar forças para sair do escorregão permanente.

O ressentimento com a concessão do que deu o destino aos outros, que são invejados, forra a alma de escuridão dos que falam sobre o que não têm, por vezes veladamente, mas não passa despercebido, e lamentam a sorte dos deserdados dela, o que aparece com vigor na inveja forte. Não se confessa o pior dos pecados capitais.

Não adianta protestar indiretamente pedindo punição a quem tem mais do que você, ainda que fruto de trabalho e luta. Quem tem o que queria ter e não tem o invejoso, e deixa isso vir à tona , mostra às claras sua baixa visão e alma hedionda.

E pagam desde já, arrastados no sofrimento com suas cruezas de alma caída, sofrem os que invejam, pagam por isso, pelo próprio pecado que carregam e os martiriza, estão encarnados nessa infeliz condição. Têm instintos primitivos, não acolhem a boa vontade, dela desdenham.

São como porcos fuçando o farelo na lama.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 09/06/2019
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