Sampa da minha quebrada
Não tinha esta noção de que quem não é de Sampa, é quem diz “sampa”. Ora, eu sempre escrevi em minhas cronicazinhas o nome da cidade assim “Sampa”, e sou daqui de São Paulo, mano! Como dizer que não?!
Se já atravessei toda a Avenida Paulista de cabo à rabo, do Paraíso à Consolação, um zilhão de vezes! Além disso, já passei pela 23 de maio outro bilhão e meio de vezes! Teve uma vez que subi com ar de galhofa, naquele monumento, um dos símbolos da cidade, o empurra-empurra em frente ao Ibirapuera, na ocasião servia ao Greenpeace como voluntário.
Na praça Benedito Calixto, uma vez, me encontrei com uma mulher, o nome dela? Deixa ver se lembro...Mariana! Mari e eu, quase fizemos amor sentadinhos num daqueles bancos de concreto da praça, depois de termos enxugado incontáveis garrafas verdes de Heineken.
No Bixiga vi o samba amanhecer, cortando a madrugada alta, respirei o ar que os antepassados boêmios paulistanos respiraram, na rua Treze de maio tive noitadas de lascívia + rock´n roll!
Mas a minha cidade, Sampa, também é a cidade da minha quebrada, lá na ZS, Alvarenga, tá ligado? Quantas vezes voltei bêbado pela Sabará, cantando um samba, desiludido com alguma buceta (na época que era um escravoceta) ou quantos baseados fumei admirando a beleza da “repers” !(nome que a malandragem deu à Represa Billings). Teve uma vez que até o Mano Brown colou e fumou “um” com nóis!