Episódio 31- Minha vida em Brasília: A FEDF havia determinado que as professoras participassem, por uma semana, de um curso de aperfeiçoamento. Compareci e concluí o curso. Eu me sentia como se estivesse de ressaca, sem saber ao certo qual o rumo tomar. Eu abria a pasta que continha meus planos de aula, exercícios, lista de chamada e não conseguia me imaginar sem aquele material. Eu teria que trabalhar no TCU das 11 às 19 horas. Portanto, não havia como compatibilizar as duas atividades. Mesmo assim adiei ao máximo o meu pedido demissão. Finalmente assumi, junto com outros aprovados, as funções no TCU. Fui trabalhar em uma sala grande, com janelas grandes de vidro, no primeiro andar do Anexo ao Palácio da Justiça. Foi ali que conheci a Lia, minha grande amiga, irmã de fé e comadre, com quem compartilho nossas memórias às gargalhadas. Lia assinou o mesmo contrato que eu. na mesma data. Em poucos dias já conversávamos como velhas amigas. Nessa troca, descobrimos muitas afinidades. Ela também havia sido professora, acabara de se separar do marido lá no sul e estava começando uma nova vida em Brasília. Morava em um pensionato na L2, que impunha regras rígidas com relação aos horários. Conversa vai conversa vem, combinamos de submetermos ao vestibular de Ciencias Econômicas na Universidade do Distrito Federal (UDF). No intervalo de almoço estudávamos um pouco lá no refeitório do TCU. Nos fins de semana ela ia para a minha casa no Cruzeiro Velho. Chegou o dia do vestibular um pouco tenso, porque Ciências Econômicas era um curso muito concorrido. Quando saiu o resultado, foi só alegria.