Mãe, sempre fada
Quando estava no ginásio, na Escola Técnica Ernesto Dorneles, lá pelos 12-13 anos, aconteceu de levar bilhete na bendita caderneta escolar, porque não tinha o compasso na prova de desenho (professor Jaime). Na verdade, não tinha o compasso nem na prova e nem em casa. É que não quis pedir pra minha mãe, pois sabia que a situação financeira estava crítica. Resultado, a mãe teve que ir até a escola, levei a maior bronca e quando chegamos em casa ainda levei uns puxões de cabelo e uns tapas.
Não entendi muito bem o resultado, pois só quis poupar a mãe de mais um problema, mas lembro dela dizer que eu não tinha que ter escondido a necessidade do material, que ela é quem tinha que dar um jeito de conseguir comprar. No outro dia comprei o compasso na lojinha da escola, pra pagar em suaves prestações. Ele era lindo, de metal e veio numa caixinha transparente.
Mãe que ama (será que tem mãe que não ama?) é assim, meio fada resolve nossas necessidades como num passe de mágica. Tá certo que quando puxa uma bronca (no meu tempo era com toques pelo corpo) a gente até pensa numa bruxa, mas se soubermos entender o agir de uma mãe vamos entender um pouco da pessoa que somos. No meu caso, agradeço a Deus pela minha!
Feliz todos os dias de quem é mãe, com as Graças da Mãe de Deus!