Baú de lembranças da alma

Quanta coisa vamos guardando no baú de lembranças enquanto o livro de nossas vidas são tecidos. Ainda era pequena quando o Brasil vivia o regime da ditadura, tempo muito duro, antigamente não havia programas sociais para ajudar as famílias como hoje, e meu pai tinha seus oito filhos, era para ser dez, mas Deus levou dois. Todos os filhos a partir dos seis anos já ajudava em alguma coisa na lavoura, meu pai possuía uma meia dúzia de vacas, mas me lembro bem, bem pequena buscando as vacas, pastos, ajudando a plantar e colher. Entrei na escola com sete anos e logo aprendi a ler. Quando adoecíamos meus pais nos tratavam com chás, roupas eram ganhadas dos parentes que moravam na cidade. Não havia consumismo e nem individualismo, tudo era para todos, tudo bem repartido, as roupas dos maiores passando para os menores.  A educação antigamente era muito rígida, a gente não podia nem conversar com meninos, aprendi a ter horário certo para tudo, creio que é por isso que sou tão metódica. Brinquedos era com qualquer coisa, tampas, latinhas, sementes, etc. Hoje temos tudo e ainda reclamamos, a insatisfação toma conta das pessoas. É preciso rever conceitos, ter mais gratidão, empatia e consideração para viver melhor.

Tema: Voltando ao passado.     BVIW



BATUTAS DO RECANTO
Norma Aparecida Silveira Moraes
Enviado por Norma Aparecida Silveira Moraes em 01/05/2019
Reeditado em 18/05/2019
Código do texto: T6636676
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