LUTA DIFÍCIL
Imensa maioria defende autoridades atentas, diligentes e republicanas nas funções estatais. Grande maioria luta por uma imprensa livre, democrática, de raiz comunitária, como canal de expressão popular. Democracia genuína é assim. Mas o fato menor não autoriza desatenção em prol daqueles de maior repercussão e interesse. É que, eventualmente, certa ocorrência não tão sensacional e chamativa, se ignorada, pode transformar-se em problema grave no amanhã. A degradação vai surgindo aos poucos, “petit à petit” e, de repente, envolve mesmo aquele que se omitiu e não deveria fazê-lo. Desde a madrugada de segunda-feira, tenho encaminhado a REPRESENTAÇÃO, que irei novamente transcrever, por fato ocorrido no feriado de Páscoa, em Gramado. Eu a remeti à Prefeitura Municipal, a determinados blogueiros importantes da Capital com quem tenho relacionamento, à Gaúcha ZH, através do Facebook, à Imobiliária contratada pelo condomínio do prédio e a alguns vizinhos bastante interessados – únicos a manifestarem-se solidariamente. Não consegui, por obstáculo técnico, encaminhar seu teor ao jornal da cidade. Sempre faço minha parte, e com empenho. Ainda tenho esperança de uma palavra de alento em benefício da cidade, mas acredito mais na chuva e no frio que se avizinham. Não é nada modesto, como já frisei, o valor do IPTU a que estou sujeito, assim como outros tantos, na região. No mínimo, por isto, é relevante falar e ser devidamente ouvido. Tenho cópia de fotos que um vizinho e conhecido logrou tirar. Perdoem-me a insistência, mas não há outro modo rápido e prático de tentar fazer valer certos direitos, mesmo em favor da coletividade: “Serve a presente para encaminhar às autoridades públicas competentes REPRESENTAÇÃO com o escopo de agirem para evitar abusos, dentro de suas funções legais, conforme a seguir narrado. Moro no apartamento 402, do Edifício Morada da Serra, número 176, RUA REINALDO BERTOLUCCI, em GRAMADO, em frente ao lago Joaquina Bier, onde acontecem as apresentações operísticas do NATATAL LUZ. Em frente ao prédio onde possuo dito apartamento, no amplo terreno de esquina, ornamentado por árvores decenárias, neste feriado de PÁSCOA, constatei que um ou dois indivíduos instalaram-se com panos e proteção de papelão, para desfrutar o sono da noite, mas fazendo suas necessidades fisiológicas à vista de moradores, passantes e turistas, crianças mulheres, velhos ou moços. Ainda que aquela propriedade seja privada (consta como pertencente a um espólio), seu uso ou ocupação não pode atentar contra os bons costumes ou contra a estética urbana de uma cidade eminentemente turística, em que os tributos e preços não são nada modestos. É claro que problemas sociais demandam solução humanitária, mas o todo tem primazia sobre o individual e a cidade, com tanto movimento de gente do país inteiro, não pode tornar-se uma terra de ninguém. Minha responsabilidade é alertar e representar para que sejam tomadas as medidas cabíveis.”