ENTRE EPISÓDIOS I - Minha vida em Brasília ( há 50 anos!)
Entre Episódio I - Minha vida em Brasília (como vivíamos há 50 anos).
A Cidade Livre lembrava os filmes de cowboy do oeste americano. Era gente de todo jeito. Cavaleiros com esporas e pistolas na cintura, jipes, carroças, caminhões, gente á pé, de bicicleta, de lambreta - tudo em meio ao poeirão - trançando pra lá e pra cá, sob o sol escaldante do dia e o frio cortante da noite.
- Fazíamos compras no Mercado, na lojinha do turco, na padaria e na feira. Pagávamos com dinheiro ou cheque. Frutas e verduras eram escassos, mas orgânicos. Nas ruas, havia fumaça e o cheiro de churrasco.
-Assalariados enfrentavam longas filas no Banco para receber o pagamento mensal e realizar qualquer outra operação como efetuar depósitos e pagamentos, ver extratos, obter talões de cheques.
- Gestantes, deficientes, idosos não tinham preferência no atendimento. As moças bonitas, sim.
- Muheres solteiras ou separadas, e até casadas, deviam ter cuidado para não serem vítimas de sequestro, estupro e agressões físicas. Pegar carona era um perigo! Em casos graves, a polícia tomava providências se a vítima fosse à delegacia, se alguém denunciasse ou se o corpo fosse encontrado no meio do matagal.
- O transporte público - ônibus - era monopólio da TCB ( depois veio a VIPLAN). Andava sempre sujo e abarrotado de gente como se fosse "sardinhas em lata". Os homens se aproveitavam para se esfregarem nas traseiras das mulheres. Ninguém dizia ou fazia nada.
- Havia solidariedade. Em caso de emergências na rua a pessoa pedia ajuda a quem estivesse por perto. Se tivesse ficha de telefone, ligava para a família através do Orelhão mais próximo. Se não tivesse telefone em casa, danava-se! Era melhor ir direto para o hospital. Horas ou dias depois é que a família tomava conhecimento do ocorrido.
- Os homens bebiam muito. Mulheres também. Havia uma grande quantidade de botecos, que servia cachaça, vodca, cerveja , e restaurantes que serviam wisky e vinhos finos para as autoridades.
- Nos hotéis de madeira, misturavam-se hóspedes de família e aventureiros. Rolava também prostituição, brigas e até assassinatos.
- A Delegacia e a Igreja eram vizinhas e muito movimentadas. Padre Roque se fazia presente nas ruas na tentativa de proteger as famílias, moralizar a cidade e convencer o povo a rezar.
A Cidade Livre lembrava os filmes de cowboy do oeste americano. Era gente de todo jeito. Cavaleiros com esporas e pistolas na cintura, jipes, carroças, caminhões, gente á pé, de bicicleta, de lambreta - tudo em meio ao poeirão - trançando pra lá e pra cá, sob o sol escaldante do dia e o frio cortante da noite.
- Fazíamos compras no Mercado, na lojinha do turco, na padaria e na feira. Pagávamos com dinheiro ou cheque. Frutas e verduras eram escassos, mas orgânicos. Nas ruas, havia fumaça e o cheiro de churrasco.
-Assalariados enfrentavam longas filas no Banco para receber o pagamento mensal e realizar qualquer outra operação como efetuar depósitos e pagamentos, ver extratos, obter talões de cheques.
- Gestantes, deficientes, idosos não tinham preferência no atendimento. As moças bonitas, sim.
- Muheres solteiras ou separadas, e até casadas, deviam ter cuidado para não serem vítimas de sequestro, estupro e agressões físicas. Pegar carona era um perigo! Em casos graves, a polícia tomava providências se a vítima fosse à delegacia, se alguém denunciasse ou se o corpo fosse encontrado no meio do matagal.
- O transporte público - ônibus - era monopólio da TCB ( depois veio a VIPLAN). Andava sempre sujo e abarrotado de gente como se fosse "sardinhas em lata". Os homens se aproveitavam para se esfregarem nas traseiras das mulheres. Ninguém dizia ou fazia nada.
- Havia solidariedade. Em caso de emergências na rua a pessoa pedia ajuda a quem estivesse por perto. Se tivesse ficha de telefone, ligava para a família através do Orelhão mais próximo. Se não tivesse telefone em casa, danava-se! Era melhor ir direto para o hospital. Horas ou dias depois é que a família tomava conhecimento do ocorrido.
- Os homens bebiam muito. Mulheres também. Havia uma grande quantidade de botecos, que servia cachaça, vodca, cerveja , e restaurantes que serviam wisky e vinhos finos para as autoridades.
- Nos hotéis de madeira, misturavam-se hóspedes de família e aventureiros. Rolava também prostituição, brigas e até assassinatos.
- A Delegacia e a Igreja eram vizinhas e muito movimentadas. Padre Roque se fazia presente nas ruas na tentativa de proteger as famílias, moralizar a cidade e convencer o povo a rezar.