Generosidade de Revolucionário

Quando nos anos 60, nos chamados anos de chumbo, ele resolveu se autoexilar, huve línguas ferinas que contestaram sua versão que estava corredo perigo de ser preso pela repressão. O pai era abastado e, claro, deve ter pensado que prevenir era melhor que remediar. O certo é que providenciou tudo, principalmente a gorda subsistência e foi para o Velho Mundo, para Portugal, "nosso avozinho" dissera com lágrimas nos olhos. Na despedida no Aeroporto ainda ensaiou um discurso comovido, mas foi aconselhado a não se expor, uma besteira porque não tinham um mero algaguête no local que pudesse impedir a fuga (exílio dpourado)do "revolucionário" (os gozadores aconselham a colocar muitas aspas.

Mas não durou muito tempo o autoexílio. Abortou antes dove meses. Mas ainda fez périplo pela Europa. Voltou de calça boca de sino, cabelo grande, medalhão e cachecol. Detalhe: e com um ar enfastiado de britânico segurando um peido. Para a recepção ao "revolucionário", na terrinha, no interior, foi confecionado até convite e houve até disputa por um deles na base do tapa. Todos queriam ter o privilégio de ouvir os seis informeserelato de suas andanças na Europa.

Esparramado num sofá, tomando uísque do bom e tirando o gosto com pedacinhos de filé, cigarro m=no bico, deu alguns pigarros e, enfim, começou a atender o distinto público. Disse que Portugal no início foi uma maravilha, passeou, conheceu pesoas. mas com o passar dos dias foi ficando entediado, vendo o Tejo, comendo bacalhau, ouvindo fado, encheu o saco. Resolveu dar um pulo na Espanha, o mesmo as canções, museus, comidas carregadas, abusou. Foi a Vienaesó tinha valsa, na Alemanha só cerveja e a barreira da língua, na França achou o francês anes de tudo meio sujo, cheirando mal, grosseiros. Então um esquerdista, escritor, esqueceu o nome, sugeriu que ele fosse à Inglaterra, jpa que manjava da língua (não sabe nada de inglês). Foi. No início gostou de Londres, ele chamava London, mas então cansou de ver a troca de guarda, o Tãmisa, o Big Ben e aquele papo de inglês chato comentando o tempo. Resolveu então ir ao interior da Inglaterra, tentar um contato com o movimento operário inglês. Foipara Liverpool.

Chegando lá, nao gostou da cidade, o porto, algumas casas antigas, uma cidade sem aquela pegada cultural. Mas precisava tentar a periferia da cidade. Na sua peregrinação pela periferia assou na frente de um armazem velho e ouviu osom de música, guitarra, bateria, uma batida diferente. Animou-se e entrou no local. Viu quatro rapazes tenando fazer uma música, mas não acertavam, estavam nervosose quas desistindo. Na hora que nem caldo de cana, bateu-lhe agenerosidade revolucionária, resolveu ajudar o quarteto. Pediu a guitarra a um sujeitinho que usava um oclinho, pegou tambpem o caderno e lápis e começou a refazer melodia e versos, foi casando devagarinho a nova melofia com os novos versos e depoisde meia hora acanaação estava pronta. Ele cantou com os rapazes. Eles ficaram eufóricos,e ofereceram colocar o nome dele no disco. Recusou, a musica era dos rapazes, ele foi apenas solidário. Os rapazes eram os Beatles e múica Yesterday.

Foi uma festa dos amigos. Bateram palmas adoidados. Como a história vazou ele tentou depois afirmar que tinha sido apenas piada. Não colou. Foi uma cabeluda. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 19/03/2019
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