MANDALA DA VIDA! (FRANCISCA DA SILVA)
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Igual uma “Mandala” que conservo na parede suíte com outros objetos, também estou juntando os cacos contaminados por duas bactérias hospitalares incuráveis para ver se consigo unir os azulejos e completa-la. Mas será que terei tempo? Não sei!
O mosaico foi um presente foi dado à esposa Yara Marília Queiroz, pela Auditora Fiscal Francisca da Silva, a France, o quadro recebi de um pintor aposentado Paulo, Almirante aposentado da Marinha do Brasil. O soneto foi pelo inesquecível poeta Jorge Tufic, "sentado na pedra de Iracema" em Fortaleza. A caricatura de Palheta, de 1979, foi feita pela janela, enquanto entrevistava o cronista Arthur Engrácio no Bar do Armando sobre seu livro "Urubu nas Alturas" e outras coisas que conservo na parede da suíte de meu apartamento e olho para eles todos os dias, recordando cada momento que já vivi. De alguma forma todos foram importantes em minha trajetória de vida.
Depois de ver a esposa Yara Queiroz, deixando o Laboratório Reunidos retornando ao carro aos prantos. Já tinha lido o resultado do exame que garantindo por que tinha câncer no cérebro e ainda ouço a voz da infectologista Silvana Lima e Silva, garantindo que as bactérias eram “tão vagabundas que não teria cura nem com “células tronco”, que em 2016 começava a ser divulgada pela imprensa e que teria que tomar remédios para o resto da vida. Ainda ouço a voz da médica me dizendo que não teria cura, mas controle, sim. Sem dinheiro para manter-me em São Paulo, me vi entrando no avião com destino a São Paulo com TFD conseguido pela colega assistente social, Maria Mazzarelo da Secretaria de Estado da Saúde e, como sabia que com o TFD, dinheiro das diárias demorava muito a ser depositado, me vi antes cruzando o portão do Condomínio onde mora até hoje o ex-deputado federal Carlos Souza para pedir um empréstimo. Já tinha sido seu chefe de gabinete em Manaus, indicado por Nicácio da Silva e aceito pelo parlamentar. Fui procurá-lo, embora não trabalhasse mais para ele, mas já era conhecido no Condomínio e foi fácil meu acesso. Nem internaram!
Depois, lembro-me do ex-parlamentar entrando em casa e talvez no quarto e me entregando dinheiro, me desejando boa sorte e em seguida viajei sem os exames de lâminas que iria revisá-las. Mandei-as buscar a em Manaus e demoraram 17 dias, tempo em que fiquei internado no setor de oncologia da Beneficência Portuguesa. Tinha sido diagnosticado com “leomiosarcoma”(câncer) em metástase no cérebro no exame histoquímico realizado em Clínica do maior especialista, o Dr. Carlos Backer, Botucatu/SP. O médico dos exames feitos que me internou e disse que rasgaria seu diploma dele "se eu estivesse com câncer mesmo". Tinha quase certeza que não tinha câncer: a pessoa que o tem fica quase sem sangue, como se estivesse ensebado.
Também em SP vejo-me descendo na Praça da República e seguindo rumo ao apartamento do empresário de joias Miguel Mota, o "Magnata" dono de joalharia em Manaus e escritório em SP. Recordo do desespero dele quando teve um filho baleado em um shopping em Manaus, com assaltantes que se passaram por clientes. Lembro-me bem das nove cirurgias feitas em Manaus, todas no cérebro e duas em São Paulo, a que fui submetido no cérebro de 2006/2009 pelo neurologista o médico Dante Luís Garcia Rivera e do médico dizendo paulista dizendo que existiam bons médicos em Manaus. Depois da segunda cirurgia no hospital São Joaquim da Beneficência Portuguesa não precisaria mais retornar que bastaria continuar tomando as medicações receitadas pelos médicos de Manaus e ter cuidado para não ganhar peso. .Uma corretiva feita em SP foi feita, sem anestesia, na maca, sem anestesia. Aguentei, mas me urinei e defequei todo e senti dor de cabeça depois. O médico receitou remédio para dor e encachou a cabeça e me fez parecer um astronauta.
Depois que deixei o Hospital Santa Júlia, ganhei peso e fiquei com 84 e emagreci 12 quilos fazendo esteira todos os dias no Condomínio Nau Capitania, onde e depois mantive a boca fechada e controlando o peso. Em agosto de 2018, caminhando rumo a administração, sofri um princípio de aneurisma cerebral e fui socorrido por segurança do Mundi e levado ao Prontocord por uma moradora acompanhado da enteada, a hoje psicóloga e cantora Bella Queiroz que mora em Cavalcante/GO, com o esposo Valeri Cavalcante Dantas, onde fizeram os atendimentos emergenciais e, estabilizado, procurei atendimento com o neurologista que nada identificou. Talvez estivesse cansado. Ele havia saído de um plantão no município amazonense de Manacapuru. Fui ao consultório particular da infectologista que perguntou: "o que aconteceu "seu" Carlos?" Contei tudo da minha própria altura. Ela constatou que estava com a boca meio torta e batido e ralado o rosto, os dedos da mão e não estava ficaram parcialmente paralisado e quase sem coordenação motora. Escrevo essa crônica no celular, presente da esposa, usando apenas o polegar direito. Meus óculos 8,5 graus, bi-focal e quase sem visão periférica. Os óculos, precisam ser trocados porque com o Aneurisma Cerebral, os 9,5 graus ficaram fracos. Enfim, escrevo para tentar reconstruir o “A Mandala da Vida”. Enquanto não o concluo vou relembrando e registrando fatos que vivi. Estou infectado por bactérias desde 2006 e estou estabilizado desde novembro de 2009, quando sofri a última rápida convulsão. Estabilizado, recebi alta do Hospital sem fazer nova cirurgia!
A visita da poetisa e ex-colega de Magistério no IEA -Instituto de Educacional do Amazonas Silvia Grijó Cavalcante foi importante para mim porque consegui relembrar de fatos que me contou depois por zap que frequentavam na merenda a sorveteria Pinguim e os professores de matemática João Dias (meu amigo) com seu opala parado na antiga praça e o dela Leônidas. As informações da poetisa formaram mais um pedaço da “Mandala” da vida que estou montando aos poucos.
Será que terei tempo de montá-lo toda? Só Deus saberá me dar a resposta. Não sei não me é permitido saber quanto ainda terei de vida!