Ricardo Vélez Rodríguez, ministro da Educação, e o anti-Bolsonaro
Segunda-feira:
Ricardo Vélez Rodríguez, ministro da Educação: "Os brasileiros têm poucos livros. A história registra o desapreço dos brasileiros pela leitura. E em todas as camadas sociais. É este um aspecto, negativo, da cultura brasileira, que muito mal faz ao Brasil. Uma das políticas que o Ministério da Educação sugere para se criar, nos brasileiros, o amor pela leitura de livros, e de bons livros, os melhores já escritos, os clássicos, é o da extinção dos impostos que incidem sobre toda a cadeia produtiva do setor de papéis, para, desonerando a produção de livros, estes chegarem aos brasileiros por um preço que lhes cabe no bolso. Assim, os brasileiros poderão investir em livros, comprar muitos livros, vindo a ter, cada família, em sua casa, uma pequena biblioteca com um bom acervo".
O anti-Bolsonaro: "É absurda a sugestão do ministro da Educação, aquele colombiano! Ele quer reduzir os impostos! Que absurdo! Se reduzir os impostos, o governo terá de cortar investimentos em programas sociais, prejudicando milhões de pobres. O Bolsonaro odeia os pobres. Quer matá-los de fome. De que adianta eles terem livros, se não têm comida!? Se o ministro quer investir em educação, que, em vez de reduzir os impostos, compre livros e os distribua às bibliotecas municipais. E os pobres, sem gastar nenhum centavo, poderão, nas bibliotecas municipais, ler muitos livros.
Terça-feira:
Ricardo Vélez Rodríguez, ministro da Educação: "Estudos do Ministério da Educação apontam: os acervos das bibliotecas públicas brasileiras não possuem livros essenciais para a boa formação intelectual dos brasileiros. Muitas não têm obras de Platão e Aristóteles, nem as de Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino, nem as de Dante e Shakespeare, nem as de Cervantes e Dostoiévski, e tampouco as dos melhores poetas e prosadores de língua portuguesa: Camões e Guerra Junqueiro, Gonçalves Dias e Olavo Bilac, e Camilo e Eça, Machado e Euclides. E muitos municípios não têm nem sequer uma biblioteca pública. O Ministério da Educação sugere, então, a criação de um programa, ambicioso, grandioso, de construção de bibliotecas públicas, principalmente nas pequenas cidades das regiões mais pobres do Brasil, e na compra de milhões de livros a serem distribuídos às bibliotecas públicas já existentes e às a serem construídas. Assim, os livros estarão mais à mão dos brasileiros de baixa renda".
O anti-Bolsonaro: "O ministro da Educação, aquele colombiano, quer obrigar os brasileiros pobres a custearem um programa oneroso de compra de livros a serem distribuídos às bibliotecas públicas e de construção de bibliotecas públicas. E os pobres, sempre os pobres, terão de pagar a conta. Sempre são os pobres que têm de saldar as dívidas contraídas pelos políticos demagogos e fascistas. Se quer melhorar a educação brasileira, o Bolsonaro, em vez de em bibliotecas públicas, tem de investir na formação intelectual dos professores. Só professores bem preparados podem melhorar a Educação brasileira".
Quarta-feira:
Ricardo Vélez Rodríguez, ministro da Educação: "A Educação de um país, para fazer bem ao seu povo, tem, como uma de suas premissas, a boa formação dos professores, que são os principais agentes da educação. Professores bem preparados formam profissionais bem preparados. Pensando nisso, e tendo-se em vista as deficiências intelectuais de muitos professores, já reconhecidas em estudos, o Ministério da Educação sugere uma política de aprimoramento da formação dos professores, mais rigorosa, e completa, para valorizá-los. Professores bem formados são essenciais para a criação de um sistema educacional proveitoso, do qual sairá pessoas bem preparadas, bem formadas".
O anti-Bolsonaro: "O ministro da Educação, aquele colombiano, detesta os brasileiros, e quer o mal do Brasil. Ele fala em investir na formação dos professores. Que tolice! O colombiano não pensa! Investir na formação dos professores, e não investir nas escolas é burrice. De que adianta professores bem preparados, se não há escolas, e as que há estão caindo aos pedaços, e nestas não há material suficiente para os professores se desincumbirem a contento de suas obrigações!? É muito burro o ministro da Educação. Querer que os professores lecionem, sem material apropriado, em escolas depauperadas. Só da cabeça de um colombiano é que sai tal idiotice".
Quinta-feira:
Ricardo Vélez Rodríguez, ministro da Educação "Encomendei, há semanas, aos técnicos do Ministério da Educação, um estudo sobre o estado das escolas brasileiras. O resultado é alarmante: milhares de escolas não atendem aos requisitos mínimos para o exercício proveitoso dos professores e dos alunos. A estrutura dos prédios escolares não garante aos profissionais envolvidos na educação e aos alunos as condições adequadas ao ensino e ao aprendizado. Há escolas sem carteira, com salas-de-aula sem lousas, sem portas, sem janelas e sem telhas. E em muitas escolas os professores não contam com materiais pedagógicos. Ciente de tal estado-de-coisas, o Ministério da Educação sugere uma política ambiciosa de construção de escolas e de compra de material pedagógico. Política urgente. Para ontem, como se diz. O Brasil não pode esperar".
O anti-Bolsonaro: "Aquele colombiano... O ministro da Educação é um zero à esquerda. Ele, agora, deu para pensar no que é melhor para o ensino no Brasil. Ele quer construir escolas e comprar material pedagógico! O colombiano está querendo pôr a carroça na frente dos bois. Pretende construir escolas antes de garantir a segurança de professores e diretores, e alunos, nas escolas já existentes. Há muita violência nas escolas. Muitos alunos agridem professores, a ponto de matá-los. E o que tem o colombiano a dizer a respeito? Nada. Ele quer que professores e alunos se matem. Se não garante a segurança nas escolas existentes, o Bolsonaro irá garanti-la nestas e nas que irá construir!? Não; é óbvio. O Bolsonaro e o colombiano querem que professores e alunos se danem. São demagogos e populistas. O ministro tem de investir em segurança nas escolas existentes. Mas ele não se ocupa com o que é importante. Ele é só um colombiano...".
Sexta-feira:
Ricardo Vélez Rodríguez, ministro da Educação: "Dados da Polícia Federal e de institutos de pesquisas dedicados ao estudo da violência relacionada com a rede escolar indicam o aumento ininterrupto, em ritmo geométrico, de atos de vandalismo e agressão no interior e nos arredores das escolas brasileiras. Para, se não acabar, diminuir a níveis toleráveis, a violência, que prejudica, enormemente, o Brasil, nas escolas e em seus arredores, o Ministério da Educação, associado à Polícia Federal, às policias civil e militar, municipais e estaduais, sugere uma política de segurança ostensiva no interior e nas circunvizinhanças de todas as escolas brasileiras. O ideal é eliminar a violência. E o governo Bolsonaro se esforçará para tornar realidade este sonho dos brasileiros. E professores e alunos poderão, tranquilos, contribuir para o engrandecimento do Brasil que tanto amamos".
O anti-Bolsonaro: "O que o colombiano tem na cabeça!? Ele diz querer acabar com a violência nas escolas... Mas como ele acabará com a violência sem que, antes, os brasileiros tenham educação!? Só investindo em educação, acaba-se com a violência. E para tanto tem-se de estimular os brasileiros a lerem livros, que, se baratos, eles poderão comprá-los. Se quisesse o bem para o Brasil, o colombiano defenderia uma política de extinção de impostos sobre os livros, para barateá-los. Todavia, ele jamais pensará em tal política, pois nada de bom sai da cabeça de um colombiano que trabalha para um governo fascista".