Conforto necessário
O tal do conforto. Todos o que queremos. E quando digo todos, não falo só dos seres humanos, mas de todos os seres vivos que conhecemos.
Nós, humanos, claro, somos os que exigimos mais e temos mais condições de buscar momentos confortáveis e, se possível, perenes. Gostamos de um colchão confortável, de um sofá que abrace, com netflix e sossego.
Até o mendigo, tadinho, no seu colchão amarronzado, fétido e esfiapado, gosta de dormir de conchinha, quando acompanhado. Se só, busca da mesma forma o melhor cantinho na frente de uma loja ou debaixo de qualquer coisa que possa parecer um teto.
Os animais não ficam pra trás. Ou você acha que os cães de rua curtem ficar na chuva ou passar frio? Os ratinhos na hora do descanso, principalmente de dia (à noite, geralmente estão ocupados), preferem o seu ninho em um lugar tranquilo, com um pedacinho de queijo, se possível.
Conforto.
Momentos confortáveis.
Às vezes é possível estar confortavelmente em qualquer lugar, improvisando acentos e descansos. Questão de estado de espírito, talvez.
Mas poder se acomodar em algo macio, tendo à volta o maior número de coisas boas, é busca incessante de qualquer ser.