EU, ROBÔ?
Aprendi num curso que fiz de Cabala em São Paulo há alguns anos que uma das "infrações" mais graves que podemos cometer é causar falsa expectativa no outro.
Por exemplo, alguém vem nos vender alguma coisa que não temos o menor interesse e nem a mínima intenção de comprar.
Se dissermos pra pessoa "voltar na próxima semana", já sabendo que não efetuarem a compra, estamos gerando uma expectativa com 100% de chances de não ser cumprida.
Muitas vezes agimos assim sem qualquer intenção ruim, apenas reagimos movidos pelo piloto automático, como forma de nos livrarmos do vendedor.
Conheço gente, especialmente empresários bem sucedidos, que respondem assim a todos que o abordam com intenção de vender um produto, serviço ou mesmo uma ideia.
Não têm a menor noção do quanto nociva é sua atitude, acumulando ao longo da vida um monumental acervo de situações em que agiu assim, com a consciência mais tranquila desse mundo.
Eu mesmo já atuei assim muitas vezes e sempre que posso fico alerta pra evitar repetir esse deslize, coisa nem sempre fácil, porque o instinto de "defesa", de livrar do incômodo vendedor acaba falando mais alto.
Mas não somos meros robôs que agem por impulso sem quaisquer filtros que possam impedir certas atitudes que poderiam ser evitadas.
Sempre será possível rever pensamentos, intenções e atitudes, se isso for nos fazer bem e não fazer mal a quem está do nosso lado.