Sentindo no corpo o impacto do sofrimento que atravessa nosso país, vivenciando a flecha do segundo sofrimento cravada no peito; percebendo as dores aumentando a tensão nos músculos, a crise chegando e ponderando;  acalmando e acolhendo através da compaixão.

Ter dor crônica e doenças autoimunes já é uma condição que inspira cuidados;  lidamos diariamente com um sofrimento físico, que exige medicações de uso contínuo e  atenção na forma como o corpo absorve a sobrecarga emocional. Muitas vezes perdemos a noção do quanto estamos presos no turbilhão, na rede do sofrimento extra.

Uma forma que encontrei para abrandar minha dor, foi tentar ajudar de algum modo, seja doando o que puder ou orando. E meu momento acolheu a  solidariedade, auxílio, pensamentos mais construtivos, votos, orações, enlutar e sentir. Tornou-se mais produtivo e menos solitário.
Estou aceitando que estou fazendo meu melhor, que é pouco mas é o que eu consigo;  é pouco mas é o que posso fazer no momento.
Não estou sozinha, isso me fortalece.


Giselle Sato
Enviado por Giselle Sato em 27/01/2019
Reeditado em 13/05/2019
Código do texto: T6560723
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