A MINHA CIDADE
Ao longe avistava aquela Terra
E reconhecia como minha
E por isso mesmo bela
Representava a esperança
Pois lá quando estive esbanjava candura
Não me aquietei enquanto de lá não fui
Triste dia aquele, pois se pudesse retroceder
Me enrolaria nas cobertas do tempo
Para de lá não sair
Vejo que está mais graúda
de quando parti, pois mais parecia
Um garoto sem sustância
Que traz um olhar esperto
Enquanto a barriga ronca
Mas de certo que nem tudo e troça
E nem vergonha
E os olhos marejam d’agua
Dando conta que lavam a alma
Dando a entender que tudo nasce e renasce
Principalmente a esperança.