Papai Noel Não Existe...
O calor veio acompanhado...
Da beleza de uma chuva fina feito um sereno
Enquanto a solidão gentil oferece o braço
A romântica moça do corpo moreno
Juntos perfazem o breve caminho
Onde ontém o ser humano espalhou tanto ódio
Hoje transparecem pela data serem tão bonzinhos
Eis que abre a pesada porta do salão
E adentra uma das últimas morenas com coração
O luxo e a sotisticação me viram o rosto num repente
Me ignora
Fico ali no meio do salão repleto de gente
E me sinto como os que foram esquecidos do lado de fora
A mesa ornamentada de uma beleza sem igual
O perfume do peru assado inebria o ambiente
Me lembrando que é noite de Natal
Como flor que desabrocha em meio aos espinhos
Vejo quando um homem ergue em minha direção
Uma taça de vinho...
O aniversariante da noite ornamenta um canto
Passa despercebido como um qualquer...
A minha frente um homem de barba e cabelo branco
Me sinto como se estivesse na Argentina
A menina descobrindo sentimentos de mulher...
Na vitrola de repente um tango
Em 1935 surge" Por Una Cabeza"
Alfredo Le Pera e Carlos Gardel
Nunca poderiam imaginar
Que décadas depois nasceria Raquel
E agora ali na frente daquele ancião
Desafiadora aquela moça aceitaria a sua mão
Mão que no ombro deve segurar
Nada de sorrisos... Sedução começa pelo olhar
Passos com a inocência e a docilidade feminina
Mas não tarda...
E aquele senhor se sente de novo um tímido rapaz nos braços daquela menina
O vestido desenha curvas sinuosas demais
A capital da Argentina agora se chama Batatais
E juntos riscam o impecável salão
Cada um a sua maneira cumprindo sua nobre função
Ele resgatando sonhos intermitentes
Ela resgatando o romantismo inocente
Sob uma chuva de olhares curiosos
Os passos agora são mais fervorosos
É olhar mergulhado no olhar
Sinfonia dupla no compasso de um só coração
Num mundo o Homem se tornou tão cruel
Agora embriagado de desejos esta Noel
Aquele que dizem que conduz as renas
E que toda menina sonha quando é pequena
Antes que o tango se finde
Não sei...Talvez possa ser só o efeito do drinque
Mas há quem jure de pés juntos
Sobre uma imaculada pena
Que Noel fitou dois olhos negros e tristes
E ao confessar que Papai Noel não existe
Me perdoa morena...
O calor veio acompanhado...
Da beleza de uma chuva fina feito um sereno
Enquanto a solidão gentil oferece o braço
A romântica moça do corpo moreno
Juntos perfazem o breve caminho
Onde ontém o ser humano espalhou tanto ódio
Hoje transparecem pela data serem tão bonzinhos
Eis que abre a pesada porta do salão
E adentra uma das últimas morenas com coração
O luxo e a sotisticação me viram o rosto num repente
Me ignora
Fico ali no meio do salão repleto de gente
E me sinto como os que foram esquecidos do lado de fora
A mesa ornamentada de uma beleza sem igual
O perfume do peru assado inebria o ambiente
Me lembrando que é noite de Natal
Como flor que desabrocha em meio aos espinhos
Vejo quando um homem ergue em minha direção
Uma taça de vinho...
O aniversariante da noite ornamenta um canto
Passa despercebido como um qualquer...
A minha frente um homem de barba e cabelo branco
Me sinto como se estivesse na Argentina
A menina descobrindo sentimentos de mulher...
Na vitrola de repente um tango
Em 1935 surge" Por Una Cabeza"
Alfredo Le Pera e Carlos Gardel
Nunca poderiam imaginar
Que décadas depois nasceria Raquel
E agora ali na frente daquele ancião
Desafiadora aquela moça aceitaria a sua mão
Mão que no ombro deve segurar
Nada de sorrisos... Sedução começa pelo olhar
Passos com a inocência e a docilidade feminina
Mas não tarda...
E aquele senhor se sente de novo um tímido rapaz nos braços daquela menina
O vestido desenha curvas sinuosas demais
A capital da Argentina agora se chama Batatais
E juntos riscam o impecável salão
Cada um a sua maneira cumprindo sua nobre função
Ele resgatando sonhos intermitentes
Ela resgatando o romantismo inocente
Sob uma chuva de olhares curiosos
Os passos agora são mais fervorosos
É olhar mergulhado no olhar
Sinfonia dupla no compasso de um só coração
Num mundo o Homem se tornou tão cruel
Agora embriagado de desejos esta Noel
Aquele que dizem que conduz as renas
E que toda menina sonha quando é pequena
Antes que o tango se finde
Não sei...Talvez possa ser só o efeito do drinque
Mas há quem jure de pés juntos
Sobre uma imaculada pena
Que Noel fitou dois olhos negros e tristes
E ao confessar que Papai Noel não existe
Me perdoa morena...