Cartão de Boas Festas

Sou um homem à antiga tipo aquele cara, que o Rei cantou, que ainda manda flores para a a amada. Continuo o mesmo matuto romântico e fiel às tradições. Assim, quando chega o fim de ano continuo mandando cartão de Boas Festas para os amigos e familiares. Algo que, admito, obsoleto devido às redes, a internet. Mas anão resisto, mando os cartões. Juro.

Este ano, porém, restringi apenas ao entorno e alguns amigos que, como eu, são refratáros à internet. Estes mandei o catãozinho pelo Correio. Mas para grande parte mandei pela internet, meu neto enviou pela maquininha dele. Para todos, tanto os do Correios como pela intenet, fiz uma só mensagem. A mesma que estou agora enviando para as minhas hermanss e hermanos do querido Recanto ds Letras, para todos, até para aqueles que não simpatizam comigo, não discrimino. Uma mensagem que deseja Feliz Natal e Feliz Ano Novo, mas realista e enfatizando que acredito apenas na possibilidade da esperança. Não sei mentir. Só expresso o que sinto. A mensagem é a transcrição de uma reflexão do saudoso Professor Rubem Alves:

"Hoje não há razão para otimismo. Hoje só é possível ter esperança. Esperança é o oposto do otimismo. O otimismo é quando sendo primavera do lado de fora, nasce a primavera do lado de dentro. Esperança é quando sendo seca absoluta do lado de fora, continuam as fontes a borbulhar dentro do coração. Camus sabia o que era a esperança. Sçao suas as palavras: 'E no meio do inverno eu descobri que dentro de mim havia um verão invencível'. Otimismo é alegria 'por causa de'', coisa humana, natural. Esperança é alegria 'a despeito de', coisa divina. O otimismo em suas raízes no tempo. A esperança tem suas raízes na eternidade. O otimismo se alimenta de grandes coisas. Sem elas ele morre. A esperança se contenta de pequenas coisas. Nas pequenas coisas ela floresce. Basta-lhe um morango à beira do abismo. Hoje é tudo que temos, morangos à beira do abismo. alegrias sem razões, a ossibilidade da esperança".

Axé, hermanas e hermanos. Inté.