Quase rejeitado

Estou preocupado, as pessoas estão me achando estranho. Juro. Não não se trata de rejeição total, mas de uma espécie de preocupação e quase pena. Acham que estou vivendo à margem, fora da realidade, me isolando, sem me incorporar aos novos tempos. Exemplo: não ando com celular, com a maquininha, não aderi ao Zap e nem ao Face e, pecado dos pecados, ainda leio livros e jornais impressos. Mais: alguns de irritam porque quabdo nos reunimos eu insito em conversar assuntos não relativos à tecnologia, não faço como eles que ficam batucando nas suas maquininhas e mostrando uns aos outros mensagens recebidas e enviadas. Ficam putos tambpe poque me recuso a aparecer em fotos e nas ridículas selfies. Dia desses causei embaraço e vexame quando me irritei com aquele frissom de frenesi com as maquininhas e disse em alto e bom som: - Se vocês não pararem de fcar vendo essas merdas eu vou embora. Não vu ficar aqui plantado vendo vocês tocando timbalada na merda dessas maquininhas.

Tudo bem, eu sei que não se pode fugir aos, vá lá que seja, novos tempos. Como poderia contestar a revolução nas comunicações? Mas não concordo com ess obsessão de pessoas que passam o dia inteiro futucando nas maquininhas. É uma fascinação idiota. Que se use e até, dmito, abuse, da maquininha, mas não o tempo todo.´É preciso reservar um teminho para viver e vadiar, tão ligados? Um profssor me disse que 70% das mensagens que saem na rede são bobagens. Disse tambpem que mais da metade das pessoas de classe média gastam quase cinquenta por cento do seu tempo com as maquininhas. Disse ainda que muita gente está ficando alienada. Concordo.

Vu terminar sendo rejeitado até pelos netos. Inté.

P.S. Acharam trezentos mil reais na casa de Kassab. Acho esse cara um picareta, mas se os bens e o dinheiro dele está bloqueado ele tem meso que guardar dinheiro em casa. É uma quantia alta, mas apenas um quarto do que movimentou o assessor do filho de Bolsonaro.