Contramão.
Nas idas e vindas da estrada, caminho se cruzam, encruzilhadas se apagam, as flores murcham e também floresce, o ar desprende da vida, na ilusória mente ausente de si mesma. Na busca de razões tão somente únicas, coisa que não existi, pois, as razões de agora pode ser loucura no instante vindouro, o real pode parecer irreal, a fruta proibida, pode não ser mais tão proibida. As loucuras na incerteza dentro da própria loucura, o medo da razão por ter tamanha razão, a incerteza nos passos firmes de muitas certezas, contradizendo a si mesmo. Estradas começam e também termina, caminhar , seguir em frente, por detrás de todas as razões as vezes pulsa a incerteza e a emoção do momento, o próximo segundo ,talvez ausente, pois a incógnita da vida e apenas deliciar, saborear o momento, projetar e jogar-se no vento da loucura, amando a própria loucura, que também pode não ser mais loucura, adentrar pelos caminhos e curvas da emoção sentindo o deliciar dos manjares, tanto amargos com também os afrodisíacos manjares do saber , apenas querer estar e viver apenas hoje , projetando com toda certeza em letras vividas as delicias de uma vida no amanhã, pois o amanhã está muito longe, bem distante , mais ele pode chegar.
Na contramão, em muitas vezes da vida, apenas existimos, e esquecemos que o belo, dos belos e o existir, engraçado sonhamos altos e contentamos com nada, queremos muito e por mais que temos ainda assim não temos, nada. Nestas idas e vindas, aprendemos, mais e tão pouco que sabemos, que mal sabemos de nada, dentro de um insano nada a maioria se perde por nada, no clamor das passarelas encarnadas de cetim, a loucura compraz com o momento, viver a emoção a flor da pele não somente nos banquetes da vida, mais sim degustar com prazer as calçadas empoeiradas da existência, onde o clamor e nem as passarelas de cetim , são capazes de brilhar , pois a oculta consciência cobra nos lençóis da existência, as mesmas razoes e emoções de agora, ou do instante vindouro, se foi vivido com amor, quente, real, profano, insano, humano, irreal , surreal , irracional, racional, normal ou anormal.
Na delicadeza de cada segundo sem igual, contemplar a simplicidade, e agarrar nos degraus do nada, amando a si mesmo, na maior de toda intensidade, que se ama a sua amada, nesta arte de viver e ser um mero espectador de si mesmo, saboroso e caudaloso manjar saboreado por alguns. Na insana razão e emoção do momento, quem abraçar agora, a vida ou a morte, abraçar a morte, não à vida sem a morte.