A u t o c r í t i c a

Nunca se deve perder a fé na capacidade de discernimento do povo. Tdo bem, admito que há momentos de decepção. Mas, sejamos francos, quem somos nós para julgarmos o povo? Ele pode até errar, tem esse direito. Será que nós não erramos? Será que não somos pretensiosos qurendo exigir do povo uma postura que ele não quer assumir no momnto? Que direitos temos de apontar erros no povo se não somos capazes de uma mísera autocrítica? O povo não é marionete, autômato robô... Devíamos ser os primeiros a respeitar sua opção. Discordar, é aceitável, mas criticar e até ridicularizar é um absurdo.

Vivemos ciclos que se esgotam. As coiss mudam. É o efeito roda-gigante. O povo muda. Talvez nós não tenhamos acompanhado certas mudanças. Parece que paramsos no tempo acreditando que tinhamos o controle eterno das massas. Então ficamos acoodados e, pimba!, levmos um tombo da gota serena. Pior, um tombo causado em parte não pelo povo, mas pelas cascas de banana qe espalhamos pelo nosso caminho. Na volta escorregamos e, poke!, caimos. Achamos que iríamos ficar flanando o tempo todo, terceirizando a militância e deslumbrados com o poder. Um poder que esquecemos ser ilusório, passageiro, transitório.

Mas mesmo bambos é preciso reagir. E nada melhor que chá de humidade e doses cavalares de simancol, na volta à militância, às bases esquecidas, às ruas, para viver junto do povo e longe da ribalta do poder. Mais: e de agora em diante sermos mais sériose coerentes, lembrando que se pode viver sem mordomias, sem o frenesi do poder. Entender que só quem tem mesmo de fatopoder é o povo. Se conseguirmos nos inspirar, por exemplo, em Mujica, quem sabe na hora certa possamos declamar o poema de Geir Campos:

"Eu quisera ser claro de tal forma/ que ao dizer: - rosa!/ Todos soubessem o que haviam de pensar...// Mais: quisera ser claro de tal forma/ que ao dizer: - Já!/ Todos soubessem o que haviam de fazer".

Mas para declamar o poema precisamos politizar o povo e colocar as idéias acima das vaidades e do deslumbramento peo poder e plas mordomias. Sem isso nada feito. Inté.

P.S. Falei no plural, mas não sou responsável pelos desvos e deslumbramwnto pelo poder e mordomias de ninguém.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 17/12/2018
Código do texto: T6529155
Classificação de conteúdo: seguro