Depoimento de um universitário brasileiro maconhado da Federal
"Na moral, véi: Eu estava na boa lá na parada da boca de fumo quando cercaram-me os bolsominions, aqueles fascistas!, aqueles nazistas!, aqueles torturadores!, aqueles retrógrados!, aqueles cristãos da Idade Média! Avançaram contra mim, aqueles idólatras débeis mentais!, aqueles fanáticos! Queriam me torturar, aqueles fascistas!, aqueles nazistas! Tio, foi lôco a parada. Corri. E corri. E corri. Multidão de bolsominions ameaçando-me torturar. Eles queriam, aqueles nazistas!, rasgar, com estiletes, meu corpo, em mim desenhando suásticas. Foi assustador. E corri. E corri. E corri. Até que vi um pé de maconha. E no pé de maconha subi. E subi. E subi. E subi. Lá no alto, desesperado, assustado, aterrorizado, vi o Che, o amável Che, o grandioso Che, o adorável Che, o apreciável Che, o sensível Che, o amigável Che, o querido Che, o boníssimo Che, o estupendo Che, o portentoso Che. E de imediato, véi, se me pacificou o coração. Foi-se embora o terror que me assaltava. E os bolsominions, milhões deles, lá embaixo, ameaçando-me torturar. E o Che, o amável Che, o grandioso Che, o adorável Che, o apreciável Che, o sensível Che, o amigável Che, o querido Che, o boníssimo Che, o estupendo Che, o portentoso Che, sereno, disse-me: "Fuzile os bolsominions! Fuzile os cristãos! Fuzile os capitalistas! Fuzile os ruralistas! Fuzile os conservadores! Fuzile os burgueses! Fuzile-os! Fuzile-os! Fuzile-os! Fuzile-os! E continue fuzilando! E continue fuzilando! À revolução! Comunistas de todo o mundo, uni-vos!". Tais palavras do Che, do amável Che, do grandioso Che, do adorável Che, do apreciável Che, do sensível Che, do amigável Che, do querido Che, do boníssimo Che, do estupendo Che, do portentoso Che, serenaram-me o espírito. E os bolsominions, aqueles nazistas!, aqueles fascistas!, aqueles torturadores!, desapareceram como num passe de mágica. Foi um milagre revolucionário."
E os esquerdistas o aplaudiram e o ovacionaram estrondosamente.