Biografia de um sentimento
Salvem este sentimento, tão antigo e moderno; que possui uma contemporânea forma que poucos entendem. Muitos ainda prezam pela sua forma tradicional de sentir. E, ironicamente, não cedem mais espaços para ser aquele que fica sem chão e encontra o céu e o paraíso no primeiro olhar. Não aceitam mais bancar-se de refém a um outro alguém que demonstrar obter o que é preciso para salvar sua vida e tornar-se sujeito. Um sentimento que desperta o imaginar de se viver em outro universo, pois encontrou o que seria a chave de um portal para outro tempo, outro mundo, outro jeito de ser. Dar para o outro a responsabilidade de ser a pessoa que vai servir o caminho correto para um concreto futuro.
Este mesmo sentimento, através do tempo, antes de ser o que é e combatido pelo que foi, tornou-se, por décadas, vilão de histórias ao explorarem os prejuízos que traria em seu início, meio e fim e o continuar das personagens.
Tão solitário sentimento, que amadureceu ao ser convocado a ser mentor para complexas experiências e que tivera suas perdas de pupilos mais bem vistas do que a obrigação do sucesso. Nasceu sem saber porquê, apenas se viu ali, em meio de muitos. Fora tão acolhido, tão apreciado e desejado para ficar ao meio de muitos. Depois se vira negligenciado por não poder combater o desejar sempre mais deles que ficara sucateado e abandonado. Agora, perguntam onde ele está e não percebem que ele é uma nova forma de se viver que adaptou-se a contemporaneidade e balanceia o imaginado com o real.
Tristes sujeitos que vivem o antigo ou o passado e não compreendem o atual por haver tantas histórias sem data.