Separando os brasileiros em duas categorias de cidadãos
Logo após o segundo turno, alguns portais de notícias, para difamar Ana Caroline Campagnolo, professora de História, aluna do filósofo Olavo de Carvalho e deputada estadual eleita pelo estado de Santa Catarina, chamaram a atenção de seus leitores para um detalhe da biografia dela: ela, crítica contumaz do PT, mora em uma casa do Minha Casa Minha Vida, programa social do governo federal. No momento mesmo em que dão tal notícia, com os comentários que a acompanham, tais portais de notícias revelam-se instrumentos de guerra política. Há de concluir todo leitor atento, e antenado, que ao chamar atenção para a "incoerência" de Ana Caroline Campagnolo, eles estão, indiretamente (ou diretamente), classificando os brasileiros em duas categorias de cidadãos: a dos que, apoiadores do PT, têm o direito de gozar de todos os programas sociais que o PT criou; e a dos que, críticos do PT (como é o caso de Ana Caroline Campagnolo), não têm tal direito. Ora, os programas sociais são políticas de Estado, e não de governo, portanto todo brasileiro, independentemente de qual seja a sua relação com o PT, tem seus direitos ao gozo de programas sociais garantido; mas não é isso o que pensam os articulistas dos portais de notícias, e nem as pessoas que subscreveram tal matéria hostil a Ana Caroline Campagnolo; eles discriminam os brasileiros que não têm no PT, e nos partidos de Esquerda, benfeitores dos brasileiros. E não se pode esquecer: todo programa social é sustentado com dinheiro público, retirado (não é exagero dizer extorquido) de brasileiros apoiadores do PT e de brasileiros que se opõem ao PT, como é o caso de Ana Caroline Campagnolo.