PALAVRAS....NADA MAIS. 5
Tantas palavras que motivaram o pensamento continuam a serem grafadas e ditas. E sentença que aniquila reverbera e pontifica: "PALAVRAS QUE O VENTO LEVA".
E ouve-se ainda sonante e forte como definidora matriz, abrir a janela da alma no refúgio de sua mente, rasgando do nascente ao poente sua íris à luz do sol.
Tentar entender a grande angústia humana. O surgimento da vida, seu desaparecimento, esse movimento sagrado e único e suas origens.
Na passagem breve da certeza do pó e do tudo, ver algo mais que um salto no escuro, o desconhecido com seu milagre infinito.
Abraçar a generosidade, entender o existir não existindo, a passagem frágil e volátil exposta e compreensível.
Aceitar a aceitação que é o não-ser, eternizado no passo breve e nas pegadas longas. Nada que existe deixa de existir, somos o efeito de uma causa maior.
O trânsito das almas, onde estão, ocupando seus espaços onde tudo se transforma, o que respeito, observo, sinto, e vejo, aperfeiçoam as imperfeições passadas, do que seria, foi e é, de outros espaços ocupados, vidas e formas, e se plasmam em diversidades.
O que fomos, o que somos e o que seremos. Nada de simples abordagens explicativas, não há anuência do que não se alcança, mas sente-se e mesmo se vê, me penitencio. Se posso perceber bem Kant na sua discussão de ideias, sua “Razão Pura”, e Tomás de Aquino em suas arguições sobre “Conselho” como instituição, desnudando toda ordem de desordens que são vistas pelos atuais Conselhos Humanos, me envolvo e vou além, passo infinito dando ao cérebro razão do encontro de posição interior. Um passo caminhado de uma longa estrada. Nossa estrada é longa, e pensamos ser curta, breve.
E pretendem ter verdades os humanos que negam a verdade simples que os homens conhecem.
Teria razão o teólogo dos teólogos, São Tomás, quando disse “tudo que escrevi é palha”.
E ousam lançar ideias sobre ideias que nunca frequentamos sob qualquer angulação.
Destaque-se: “palavras”, nada mais.