CRÔNICA DE NATAL

Estamos no final de novembro e, extasiado, extenuado, esgotado, fico me perguntando por que as pessoas inventam tanto correria e trabalho nessa época.

Perceba isso. Tudo parece correr. Tudo ao redor parece uma loucura. Por exemplo, no lugar que eu trabalho, os advogados e as partes peticionam mais e mais, talvez com medo de que, em razão do recesso forense, seus pedidos somente sejam analisados no ano vindouro.

"Ah, o ano que vem. Um ano todo a esperar!". Acho que é mais ou menos esse o pensamento que preenche e circunda a mente deles.

Há, pois, um sentimento dominante (note bem, um sentimento, não uma lógica, um fato) de pressa, de urgência que faz com que todos que são atingidos por essa pressa toda fiquem também cansados.

E há um efeito cascata e circular nessa loucura-sentimento coletivo: aqueles que se estressam por isso, se não descansarem dessa sandice (dormindo mesmo ou se desligando dessa locomotiva desgovernada e mortal), acabarão retransmitindo essa mesma doideira!

Enfim, busque apaziguar ânimos, viva melhor. Descanse.

Mas um fato é um tanto desconcertante. Parece que essa loucura não passa, ao contrário, cada ano que passa, parece aumentar mais.

Então, diante dessa constatação, o que podemos fazer é comemorar as datas especiais desse final de ano.

Junte-se a quem você ama e que ao menos te escutam. Acalme-as. Seja seu filho, seja seu companheiro ou companheira, seja sua mãe, seu pai, seu irmão, sua irmã, seu amigo. Aqueles que te escutam merecem essa mensagem de paz e amor nesse natal.

Façam com eles percebam que esse sentimento de pressa ocorre sem motivo racional, que dezembro está aí, que talvez ele julgue um mês que tudo para, mas é para parar mesmo!

Enfim, é a mensagem de natal. Paz, amor, tranquilidade e uma vida com relacionamentos saudáveis, porque conciliatórios e cheios de sentido.

Alexandre Scarpa
Enviado por Alexandre Scarpa em 29/11/2018
Reeditado em 29/11/2018
Código do texto: T6514856
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